F1 – Hill pede que o GP do Bahrain seja repensado

quinta-feira, 5 de abril de 2012 às 12:23

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Damon Hill acredita que a realização do GP do Bahrain agora deveria ser repensada – apenas alguns meses depois de dar seu apoio total ao evento.

“O que precisamos colocar acima de tudo é qual será a punição em termos de custo humano se a corrida prosseguir”, declarou ele ao Guardian. “Seria algo ruim se a Fórmula 1 fizesse a lei marcial ser cumprida a fim de realizar a corrida. O esporte não deveria ser assim. Olhando a situação de hoje, você poderia dizer que a prova criaria mais problemas do que resolveria”.

Hill acredita que os eventos atuais no país – que incluíram ataques com bombas de petróleo contra carros da polícia nesta semana e protestos em 20 vilajeros ontem – mudaram as coisas. “As coisas estão diferentes agora. Os protestos não diminuíram e podem ter ficado ainda mais determinados e calculados. É uma situação preocupante”.

“A opinião que eu dei após retornar da visita no ano passado foi baseada em minha compreensão de vários fatores; a importância econômica substancial do GP para o Bahrain; o relato de que os protestos de abril condenaram as atitudes da polícia e das forças de segurança, e que ambos os lados teriam um diálogo significativo para resolver os problemas pacificamente. Nessas condições, era possível imaginar que o GP seria um grande incentivo para o Bahrain no caminho da recuperação”.

“Entretanto, com menos de três semanas pela frente, parece que as condições não melhoraram, julgando pelos relatos em nossos jornais europeus, mídia social e na TV Al Jazeera. A recente reunião visando buscar apoio para a corrida como um evento unificador foi perturbadora, tentando representar os protestos no Bahrain como o resultado de má conduta da imprensa e um problema da ‘juventude'”.

“Promover a corrida como ‘Unindo o Bahrain’, apesar de ser uma ambição louvável, pode elevar a Fórmula 1 acima de sua própria capacidade prodigiosa. Só estou dizendo que temos de ser cuidadosos”.

“Espero que a FIA esteja considerando totalmente as implicações disso e que os eventos no Bahrain não sejam vistos como são frequentemente vendidos, como um bando de desordeiros jogando coquetéis Molotov, porque é uma simplificação grosseira. Se eles acreditam nisso, devem ser mais prudentes. Você não tem 100 mil pessoas arriscando suas vidas em protestos por nada”.

LS – www.autoracing.com.br 

 

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