F1 – Hamilton e o recorde Senna – Prost

Lewis Hamilton – Paul Ricard 2019

Lewis Hamilton deixou claro nesta quinta-feira que seu foco pessoal no GP da Áustria deste fim de semana não inclui a proposta da Mercedes de igualar o recorde de 11 vitórias consecutivas da McLaren.

A McLaren estabeleceu o recorde de longa data em 1988, quando a equipe foi liderada por Alain Prost e Ayrton Senna e juntos venceram 15 das 16 corridas do ano.

Sua única derrota veio no GP da Itália, onde a Ferrari venceu com uma dobradinha emocional depois que Senna foi “atropelado” por uma colisão com o francês Jean-Louis Schlesser da Williams.

“Talvez os engenheiros tenham uma lista dos recordes e isso é algo que eles se orgulham”, disse Hamilton. “É incrível quando você pode bater um recorde, mas isso não está nem perto do topo da lista de prioridades em um final de semana.”

“Mas é notável estar no 125º ano da história da Mercedes-Benz e ser uma parte de poder ajudá-los a quebrar barreiras e recordes. Estou muito orgulhoso de fazer parte desse ciclo.”

A Mercedes venceu oito corridas consecutivas na abertura da temporada este ano, aumentando sua invencibilidade para dez corridas desde o GP do Brasil do ano passado.

Hamilton disse que está gostando de seu papel ao escrever um capítulo memorável na história da Mercedes guiando seus carros para contribuir com o museu da Mercedes-Benz.

“Eu me lembro de ir lá em 1996, ou 1997, e ver David Coulthard e Mika Hakkinen lá, vendo todos os carros que eles têm lá e desejando que eu tivesse um carro lá”, disse ele.

“Agora, eu tenho vários. Eu estou gostando de continuar colocando mais carros lá.”

A atual sequência de 10 vitórias da Mercedes igualou as suas melhores marcas anteriores em 2015 e 2016.

O pentacampeão e atual líder da F1 estava mais preocupado com as sugestões de que os compostos de pneus de 2018, que causaram consternação em muitas equipes, poderiam ser reintroduzidos para perturbar o atual domínio deste ano por sua equipe.

Uma reunião para discutir pneus está programada para acontecer em Spielberg na sexta-feira, envolvendo as equipes, organizadores e o fornecedor de pneus, a Pirelli.

A Red Bull e a Haas pediram para trazer de volta os pneus de 2018 “no interesse do entretenimento”, de acordo com o chefe da equipe da Red Bull, Christian Horner.

O chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, os acusou de “ação oportunista”.

Hamilton disse que iria estragar as corridas e declarou que os pilotos devem ser representados na reunião.

“No ano passado você teve que controlar os pneus a uma temperatura, o que significa que você tem que andar devagar, senão você tinha bolhas, foi muito pior”, disse ele.

“Você não podia fazer, por exemplo, o que eu fui capaz de fazer na última corrida, ou mesmo em Montreal, onde eu fui capaz de forçar atrás de Seb. Você não podia fazer isso nos pneus do ano passado, particularmente nos pneus de banda mais grossa.”

Ele acrescentou que isso é um exemplo de “equipes diferentes pressionando por coisas diferentes para seus próprios objetivos pessoais, e não para os do esporte.”

AFP

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