F1 – Hakkinen revela o que Schumacher disse a ele após Spa 2000

domingo, 27 de agosto de 2017 às 7:00
Michael Schumacher e Mika Hakkinen

Michael Schumacher e Mika Hakkinen

Mika Hakkinen lançou uma nova luz sobre seu famoso movimento de ultrapassagem que lhe valeu o GP da Bélgica de 2000. O finlandês passou seu rival no campeonato, Michael Schumacher, para ganhar a corrida depois que o piloto da Ferrari o afastou em direção à grama em um dos lugares mais rápidos do circuito, algumas voltas mais cedo.

“Era natural que eu fosse falar com ele depois da corrida”, disse Hakkinen em entrevista à Unibet. “Eu disse: ‘Você não pode empurrar alguém para a grama a 300 km/h. Esta é uma situação de vida e morte, use algum senso comum”.

“Ele inclinou a cabeça e olhou para mim: ‘O que eu fiz de errado?’ Ele não disse: ‘Desculpe, eu fui muito agressivo’. Era simplesmente o seu estilo de pilotagem”, explicou o ex-piloto da McLaren.

Hakkinen disse que “não poderia aceitar” as táticas de pilotagem de Schumacher. “Se fosse uma curva lenta e você defendesse e fizesse coisas que estão nos limites do que é justo, eu poderia aceitar de alguma forma porque eu também uso truques na pista”, relembrou.

“Mas 300 km/h é muito rápido, se nessas velocidades um carro de F1 fosse para a grama e a distância do solo fosse de cerca de 15mm na frente, é tão baixo que o mais pequeno dos golpes faria o carro voar. Esse era o meu ponto: ‘venha, pense'”, afirmou o finlandês.

Hakkinen foi saudado por sua passagem sobre Schumacher, alcançada quando a dupla estava passando por Ricardo Zonta. Mas Schumacher “não elogiou” seu rival, de acordo com Hakkinen.

“Mas ele sabia que era uma batalha difícil. Nós dois terminamos a corrida e nada aconteceu. Tenho certeza de que se tivesse sido outra pessoa contra as asas da frente de Michael, teria voado”, declarou.

Schumacher ficou gravemente ferido em um acidente de esqui no final de 2013. Hakkinen disse que havia muitos aspectos da abordagem do ex-rival na F1 que ele respeitava.

“Michael lida com o carro extremamente bem”, elogiou Hakkinen. “Ele dá tudo aos aspectos técnicos e ao trabalho em equipe. Havia muitos elementos que eu respeitava enormemente”.

“Ele era inflexível. Ele nunca desistia, não importava do que. Ele sabia que o jogo terminava com a bandeira quadriculada, não antes disso. Eu realmente respeitava isso. Ele sempre guiava no limite. De forma plana, discos de freio queimando em vermelho brilhante”, comentou Hakkinen.

“Quando se trata de lutas na pista, Michael às vezes usava movimentos defensivos extremos na pista. Durante as últimas voltas, ele fazia movimentos defensivos extremos. Mas no meio da corrida, ele deixava um pequeno espaço entre os pneus. Com poucas voltas para o fim, um pequeno contato não importava para ele”, concluiu o bicampeão mundial.

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