F1 – Haas não descarta Domenicali como chefe de equipe

terça-feira, 29 de abril de 2014 às 9:21

Gene Haas

Stefano Domenicali poderá dar sequência à sua carreira na Fórmula 1 com a mais nova equipe do grid.

Gunther Steiner, ex-chefe da Jaguar e Red Bull, agora está intensamente envolvido no projeto da Haas Formula, com Gene Haas, co-proprietário de equipe na NASCAR, tendo assegurado uma licença de dois anos para entrar na Fórmula 1, começando em 2015 ou 2016.

Os mais recentes relatos na Itália, onde Haas terá seu primeiro carro construído pela fabricante de chassi Dallara, sugerem que 2016 agora é a data de estreia mais provável para a nova equipe norte-americana.

“Temos a opção de começar em 2016 se acreditarmos que não será possível fazer isso de modo bom e profissional em 2015”, admitiu Steiner.

Os relatos italianos também disseram que diretores da Haas deverão viajar para Maranello a fim de conversar com Marco Mattiacci, novo chefe da Ferrari – provável fornecedora de motor da Haas.

E Haas afirmou que sua equipe terá “transmissão, sistemas KERS, suspensões e volante” da organização baseada em Maranello. “Todas essas coisas que virão no pacote para nós. Portanto, nosso foco principal é a construção da aerodinâmica, do chassi e chegar às corridas”, acrescentou ele.

Haas já tem seus críticos. Juan Pablo Montoya disse recentemente que é uma “loucura” a equipe ter sua base em uma extensão de suas instalações da NASCAR em Kannapolis, Carolina do Norte. Outros veteranos da Fórmula 1 concordam com o colombiano.

John Watson, ex-piloto da McLaren, disse à Sky Sports que, com a Dallara construindo os carros na Itália, “por que se basear nos Estados Unidos quando tudo precisa ser transportado da Europa para a América do Norte a fim de ser montado e levado de volta para uma temporada europeia? Imagino que você já começaria em desvantagem baseando sua equipe na Carolina do Norte”.

Outro ex-piloto, Johnny Herbert, afirmou que a velocidade do desenvolvimento na Fórmula 1 também significa que uma sede norte-americana faz pouco sentido. “As atualizações são uma parte extremamente importante da Fórmula 1, e eles realmente precisam pensar bem nisso, porque creio que seria um erro se basear na América”.

Contudo, Haas também planeja ter uma operação “satélite” na Europa, enquanto Steiner explicou que a existência de uma sede principal nos Estados Unidos é possível devido à logística da Fórmula 1.

“Neste ano, os carros foram da Europa para o Bahrain a fim de testar, depois voaram diretamente do Bahrain para a Austrália, da Austrália diretamente para a Malásia, retornaram ao Bahrain para a corrida e agora estão a caminho da China”.

Steiner disse que as atualizações podem ser transportadas pela equipe diretamente aos locais dos GPs. “Nesse sentido, não faz diferença se você vem da América ou da Europa”, explicou ele.

Entretanto, Haas aceita as críticas, acrescentando que a percepção de um provável fracasso foi alimentada pelo caso da USF1 há alguns anos.

“Tenho certeza que a maioria das pessoas está apostando que vamos fracassar”, admitiu ele. “É por isso que será um sucesso; porque, se não fracassarmos, teremos feito uma coisa que as outras pessoas não conseguiram”.

E uma ferramenta ideal para ajudar a minimizar o risco de um fracasso seria uma figura experiente na Fórmula 1, como os ex-chefes da Mercedes e Ferrari, Norbert Haug e Stefano Domenicali, respectivamente.

“Acho que ele (Haug) basicamente está comentando a DTM, e não sei o que Stefano fará no futuro ou se já acertou algo”, disse Steiner. “Mas tenho certeza que vamos conversar com ele, e nunca diga nunca, porque ambos são boas pessoas com longas carreiras, e sua experiência certamente tem valor”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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