F1 – GP da Índia do ponto de vista dos pneus

terça-feira, 23 de outubro de 2012 às 16:32
Pneus Pirelli

Pneus Pirelli

Neste fim de semana será apenas a segunda vez em que uma corrida de Fórmula 1 será disputada na Índia, e assim como no ano passado, a Pirelli vai escolheu os pneus  PZero Prata (duros) e PZero Amarelo (macios). Mas desta vez, estes compostos são mais macios do que seus equivalentes do ano passado. Além disso, com um melhor conhecimento do circuito de Buddh e mais dados reais, a Pirelli pôde se dar ao luxo de ser menos conservadora – o que deve deixar a corrida mais disputada.

Na Índia os pneus devem suportar sobrecargas, por causa de uma série de fatores, começando com a alta temperatura ambiente, superior a 30 graus centígrados. A pista também tem diversas curvas rápidas, que colocam muita energia lateral sobre os pneus. Principalmente na curva 10, o pneu dianteiro esquerdo é submetido a uma aceleração de 4G na saída, enquanto a aderência máxima é exigida para manter o traçado ideal de corrida e os pneus são submetidos a uma carga lateral durante seis segundos, o que aumenta o desgaste.

Sobretudo no início da volta, existem elevações que exercem forças verticais sobre os pneus, em conjunto com uma força de frenagem de 3,6g na entrada da curva 4. A reta principal, que tem mais de um quilômetro de comprimento, é uma das mais longas do ano. Por isso, enquanto os picos de temperatura do pneu passam dos 100 graus centígrados durante toda a volta, tendem a arrefecer consideravelmente no final da reta.

Como o circuito não é usado extensivamente durante o ano, um alto grau de evolução da pista é esperado ao longo do fim de semana. Uma pista suja causa patinagem excessiva, assim como perda de aderência: o que também aumenta o desgaste dos pneus. Por outro lado, a superfície do circuito de Buddh é completamente lisa, o que significa que a degradação será contida.

“Este ano já conhecemos um pouco mais a pista, assim pudemos fazer uma escolha menos conservadora, com os compostos macios e duros, que fornecerão o equilíbrio perfeito entre desempenho e durabilidade”, analisa Paul Hembery, diretor de automobilismo da Pirelli.

“O traçado do circuito é um dos mais difíceis da temporada, foi especialmente concebido para incentivar as ultrapassagens, o que é também um dos objetivos e a filosofia de projeto dos nossos pneus, por isso, esta deverá ser uma corrida cheia de ação, num momento crucial no campeonato”, conclui Hembery.

Notas técnicas:

– Havia uma diferença de desempenho de até dois segundos por volta entre os dois compostos nomeados no ano passado, mas este ano, a diferença deve ser muito menor, permitindo que a maioria dos principais pilotos passem pelo Q1 com o pneu duro.

– O asfalto do circuito internacional de Buddh era novo no ano passado, mas após um ano, as características da superfície podem ter evoluído. Um novo circuito libera gradualmente óleos de dentro do asfalto, que formam uma camada escorregadia na superfície da pista. Com o tempo, no entanto, esta película desaparece gradualmente, dando mais aderência e tornando-o mais abrasivo.

– O pit lane na Índia é um dos mais longos da Fórmula 1, em torno de 600 metros. Isto leva a uma perda de tempo relativamente significativa nas trocas de pneus, o que é um fator importante para as estratégias de corrida.

Outras notícias da Pirelli:

– O piloto de GP2 Esteban Gutierrez foi o vencedor do primeiro prêmio da Pirelli para a melhor gestão dos pneus durante a temporada.

– A Pirelli foi escolhida pela montadora alemã BMW para fornecer pneus de Equipamento Original para dois dos seus mais potentes novos modelos de SUV: o X5 e o X6. A fabricante também foi selecionada como parceira exclusiva de pneus para o P1, novo carro esportivo da McLaren P1, que foi revelado no Salão Automóvel de Paris.

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