F1 – Gazzetta dello Sport: A Ferrari vem em primeiro lugar

segunda-feira, 30 de setembro de 2019 às 13:53

Charles Leclerc e Sebastian Vettel – Ferrari 2019

O jornal esportivo mais importante da Itália deixou bem claro o que pensa sobre a situação que está acontecendo na Ferrari. O jornal afirma – como muitos outros insiders da F1 – que agora a Ferrari tem o melhor carro -, mas a cultura ferrarista de ordens de equipe, com a Ferrari acima de tudo, tem que ser respeitada pelos pilotos.

Gazzetta dello Sport
Em Sochi, os vermelhos perderam uma oportunidade: eles podem ter confiança nas próximas corridas, pensando na velocidade do carro e em Charles, mas a ruptura e as relações entre os pilotos dispararam um alarme.

Poderia ter sido uma dobradinha vermelha, mas foi prateada. A Ferrari volta da Rússia com tanta amargura por uma oportunidade desperdiçada: quando você é tão mais rápido que os outros, apenas um caso fortuito pode colocar seus oponentes de volta no jogo. Isso aconteceu. E se os adversários são os da Mercedes, é dado como certo que eles sabem como tirar proveito disso. Após as vitórias de Spa, Monza e Cingapura, eles começaram a sonhar com uma grande final, alguém até imaginando reviravoltas na classificação.

Desnecessário reclamar agora, é hora de fazer um balanço e olhar para as próximas corridas com confiança, mas também com um pouco de preocupação. A Ferrari que sai do Mar Negro tem de fato algumas razões para ser otimista, além de algumas notas bastante dolorosas.

O que gostamos mais uma vez foi Charles Leclerc. O monegasco sente-se cada vez mais conectado ao SF90, extrai seu potencial e anda forte na classificação. No sábado, ele cortou mais de dez décimos para um certo Lewis Hamilton e, sem erros, poderia ter aberto outros 178 milésimos, de acordo com os técnicos de Cavallino. Ter um piloto tão eficaz para a Ferrari é uma garantia, pois é, e essa é a outra nota positiva, uma máquina que assusta os rivais. Se Sochi teve que dar respostas sobre a força do SF90, elas chegaram. Após duas corridas de motores, o Cavallino também brilhou em duas pistas de alta carga aerodinâmica. A tal ponto que os vermelhos podem se afirmar em todas as pistas daqui até o final da temporada.

O que não está certo – certamente é o alarme de confiabilidade: a quebra do MGU-K esmagou a corrida de Sebastian Vettel e indiretamente a de Leclerc. Ter a UP mais poderosa sem confiabilidade anula todos os esforços. E então, um segundo ponto dolorido, há uma necessidade urgente de clareza na equipe entre os dois pilotos.

Sebastian Vettel sofre tremendamente com a força de Leclerc. Nestes dias em Sochi, ele sempre apareceu com o rosto sombrio, as duas vitórias do jovem companheiro, combinadas com os espancamentos nos treinos livres e nas classificações, são cada vez mais sentidos em seu moral. E é preciso reconhecer que, se Leclerc não estivesse lá, teríamos comemorado mais uma pole position de Lewis Hamilton no sábado. Na corrida, Seb ignorou a ordem de devolver imediatamente a posição a Charles, como o monegasco havia ignorado em Monza o comando de dar vácuo para o alemão. Mattia Binotto define “um luxo” ter dois pilotos fortes. Mas é necessário que estratégias e ordens sejam claras e não “interpretadas” pelos protagonistas, dependendo da conveniência pessoal.

A Ferrari vem em primeiro lugar.

AS - www.autoracing.com.br

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