F1 – Gasolina da Petronas é um dos segredos da Mercedes
terça-feira, 20 de janeiro de 2015 às 1:20Um fato surpreendente que emergiu nas corridas finais de 2014 foi que uma das razões do forte desempenho do motor Mercedes seria a gasolina da Petronas. Giuseppe D’Arrigo, chefe na Europa da Petronas Lubricants International, nunca “quantificou” a vantagem que os técnicos em Villastellone foram capazes de garantir a Mercedes, mas houve sussurros no paddock de cerca de 10 segundos por corrida.
A Ferrari teria descoberto que o efeito sobre a unidade de alimentação de combustível das flechas de prata pode ter sido ainda maior: algumas pessoas falam de uma “química” que garantiria 40 hp extras. Uma quantidade enorme quando você considera que o regulamento impõe gasolinas com características semelhantes a aquelas vendidas em postos de combustível. O argumento, é claro, é ultra secreto, e em Maranello todos mantém suas bocas fechadas, negando qualquer especulação.
Os cientistas da Petronas localizados perto de Turim, onde há o Centro de Pesquisa Villastellone (os malaios compraram o centro de excelência italiano, que era do Grupo Fiat ), em colaboração com a “química” feita pela Mercedes, encontraram um novo aditivo que tornaria o combustível Petronas muito mais anti-detonante do que a concorrência, permitindo assim, encontrar o melhor MBT (Maximum Brake Torque), variando o tempo de ignição para garantir a propagação da chama mais eficaz na câmara de combustão, que pode traduzir-se num aumento significativo da potência, bem como uma redução de consumo. Duas conclusões muito claras na temporada 2014.
Por outro lado, para evitar polêmicas desnecessárias a Omnicorse deixou muito claro que trata-se de um tipo de gasolina perfeitamente legal que a FIA tem repetidamente verificado e aprovado. Não há truques, mas sim o resultado de um trabalho muito profundo que estaria dando resultados incríveis.
Se queremos encontrar uma confirmação, podemos lembrar que a McLaren, no ano passado, não utilizou o combustível da Petronas para alimentar sua unidade de potência Mercedes, preferindo a gasolina Mobil, que está ligada à equipe por um contrato de patrocínio de longa data . Os motores dedicados ao MP4-29 não tiveram a mesma performance daqueles usados pela Williams (que usou Petronas, embora tenha um contrato de patrocínio com a Petrobras) e Force India. E talvez não seja coincidência que a Force India, que teve um orçamento muito inferior (menos da metade) ao da McLaren, manteve-se à frente nos construtores durante boa parte do campeonato.
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