F1 – FIA tenta cercar truques na suspensão dos carros para 2018

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017 às 14:07

Daniel Ricciardo

É impressionante com os engenheiros de F1 criam sistemas altamente engenhosos para ganhar performance – a mínimo que seja – em seus carros. Veja essa…

Uma diretiva técnica enviada por Charlie Whiting na semana passada deixou claro que a FIA acredita que em 2017, algumas equipes projetaram seus sistemas de suspensão e direção para diminuir a altura da dianteira nas curvas, potencialmente proporcionando um benefício aerodinâmico e aumentando a aderência.

Uma mudança de altura quando o volante é movido de um lado para outro é normal, mas diz que, a partir de agora, não pode exceder 5mm – e cabe às equipes fornecer provas de que os sistemas de seus carros 2018 irão cumprir isso.

De acordo com o Autosport, aconteceu uma reunião sobre regulamento técnico da FIA em Londres em 21 de novembro, onde houve pontos de vista contraditórios sobre o tamanho da influência permitida sobre a aerodinâmica.

Fontes indicam que a Red Bull queria manter a liberdade de desenvolver a suspensão de acordo com o regulamento vigente, enquanto a Ferrari apoiava restrições mais apertadas. A Mercedes teria sugerindo que a suspensão ativa deveria ser permitida, com software e hardware prescrito pela FIA.

Três semanas depois dessa reunião, essa diretiva técnica foi enviada para as equipes, todos já avançadas com seus projetos de 2018.

Whiting escreveu: “Ficou claro durante a temporada que algumas equipes estavam projetando os sistemas de suspensão e direção em uma tentativa de mudar a altura da frente do carro.”

“Embora alguma mudança seja inevitável quando o volante é movido de um lado para outro, nós suspeitamos que o efeito de alguns sistemas estava mudando demais a altura da dianteira dos carros, e isso está londe de ser acidental.”

“Nós também acreditamos que qualquer alteração não acidental da mudança de altura provavelmente afetará a performance aerodinâmica do carro”.

Uma seção do regulamento diz “qualquer sistema no carro, dispositivo ou procedimento que use o movimento do piloto como meio de alterar as características aerodinâmicas do carro é proibida”, e essa pode ser a redação que a FIA está usando para ajudar a justificar sua posição.

Na última diretiva técnica, a Whiting concluiu: “É nossa opinião que tais sistemas de direção devem ser tratados da mesma forma que os sistemas de suspensão, ou seja, que a decisão do ICA de 1993 deve ser aplicada ao avaliar a conformidade com o Artigo 3.8 do Regulamento Técnico.

“Portanto, qualquer alteração da altura na dianteira do carro quando o volante é movido de batente a batente deve ser totalmente incidental.”

“Por conseguinte, pediremos que vocês nos forneçam toda a documentação relevante que mostra o efeito que a direção tem na altura da frente do seu carro e, para nos satisfazer que qualquer efeito seja incidental, acreditamos que a altura da dianteira não deve mudar por mais de 5,0 mm quando o volante é virado de batente a batente”.

Com efeito, as equipes agora devem decidir se podem se arriscar e continuar com os projetos pretendidos para 2018, ou construir seus carros de acordo com a nova interpretação.

Um insider disse: “Eu suspeito que isso não seja possível policiar e portanto as equipes simplesmente vão ignorar essa diretiva.”

“É apenas a visão da FIA, na verdade não é ‘lei’. Nada vai mudar.”

AS - www.autoracing.com.br

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