F1 – Ferrari escolhe Leclerc para o lugar de Raikkonen

quinta-feira, 6 de setembro de 2018 às 12:12

Charles Leclerc

O jornal italiano Corriere della Sera acaba de publicar que Charles Leclerc assumirá o lugar de Kimi Raikkonen como segundo piloto da Ferrari em 2019.

Segundo o Corriere, falta apenas a divulgação oficial da Ferrari, que pode ser feita a qualquer momento: o monegasco Charles Leclerc (este ano guiando para a Alfa Sauber) vai ficar com o volante da Ferrari de Kimi Raikkonen no ano que vem. A equipe de Maranello anunciou a escolha para o finlandês durante o GP de Monza e isso abre algumas portas à dúvida do porquê o segundo piloto vermelho (Kimi) não abriu passagem para Vettel imediatamente na primeira curva da corrida. E para Leclerc é uma ótima promoção. Ele, que está indo bem este ano com um carro que está muito longe de ser uma Ferrari, foi o perfil favorito até de Marchionne antes dos trágicos eventos dos últimos meses. Com tudo isso, dentro da equipe houve pressões para renovar o contrato com Raikkonen por mais um ano e adiar a passagem do bastão. Mas no final, foi decidido mudar e confiar um carro que cresceu espetacularmente nos últimos anos nas mãos de um jovem de 20 anos, que parece ser o futuro da Fórmula 1.

Mudança de geração
Em Maranello teriam escolhido o jovem monegasco como herdeiro de Kimi Raikkonen, o presidente Sergio Marchionne já havia indicado que havia visto grande potencial nele. É uma mudança de geração, o último campeão mundial do Cavallino (2007) sai com a idade de 39 anos e um de 20 anos que cresceu na Academia de Maranello entra. Não teria sido uma passagem linear de qualquer maneira: durante o verão, a ideia de reconfirmar Raikkonen por outra temporada havia retomado, mas nas últimas semanas, Leclerc tornou-se o preferido novamente. Uma coisa é certa: todos falam muito bem dele, que é muito mais maduro do que a idade que tem, que sabe lidar com pressão e que é muito rápido. Ele fez sua estreia neste ano na Fórmula 1 com a Alfa Romeo-Sauber, está ganhando o confronto com o companheiro de equipe Marcus Ericsson e terminou nos pontos em cinco corridas até agora. Seu currículo é de um vencedor: ele triunfou no campeonato da GP3 e no ano seguinte repetiu na F2 com a equipe italiana Prema.

Panela de pressão
Muitas vezes um jovem piloto considerado muito bom pela F1 sucumbe quando chega numa equipe grande. Não é só a tocada que tem que ser perfeita, mas as múltiplas pressões que o piloto passa a sofrer imediatamente. Vencer, chegar constantemente no pódio, saber acertar o carro a seu gosto, mesmo no caso da Ferrari sempre tendo que ajudar o primeiro piloto, fazer inúmeros eventos de marketing para os patrocinadores e conquistar o respeito da equipe, imprensa e torcida. Isso sem contar que o piloto perde o direito de errar, uma vez que a cada erro vem paulada de todos os lados.

Os exemplos de fracasso nessas condições são inúmeros, inclusive maiores dos que os de sucesso.

Resta esperar para ver como o jovem Charles Leclerc vai lidar com tudo isso. Guiar bem não parece ser um problema. Todo o resto é uma incógnita.

AS - www.autoracing.com.br

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