F1 – Faltou cérebro para Ocon

terça-feira, 13 de novembro de 2018 às 16:37

Jolyon Palmer

O ex-piloto de Fórmula 1 Jolyon Palmer falou sobre Esteban Ocon logo após o GP do Brasil.

O piloto da Force India perdeu uma volta durante seu pit stop e tentou recuperá-la ultrapassando o líder da corrida, Max Verstappen.

Mas foi uma tentativa atabalhoada, já que ele fez contato com Verstappen e ambos saíram da pista, abrindo caminho para a vitória de Lewis Hamilton, que até então parecia pouco provável.

Ocon recebeu uma penalidade de 10 segundos na corrida por causar a colisão, e também teve três pontos de penalidade adicionados à sua superlicença pelo ataque.

Palmer disse que o movimento de Ocon foi “um dos atos de condução mais desmiolados que já vi em muito tempo na Formula 1.”

“Ocon é super-talentoso”, disse o o ex-piloto que virou comentarista e escreveu em sua coluna regular para o site da BBC Sport. “É uma pena que ele não esteja no grid em 2019.”

“Mas sua colisão com Verstappen colocou uma mancha real em relação às suas habilidades como piloto de F1”, continuou ele. “Ele teve seu quinhão de incidentes, principalmente com seu companheiro de equipe, e isso tem sido um ponto focal de sua carreira.”

“É uma das razões relatadas pelas quais a Mercedes não o promoveu à sua equipe no próximo ano, porque eles estavam preocupados com a harmonia da equipe”, sugeriu Palmer.

Ele acrescentou que a princípio não havia nada de errado com a Ocon querendo descontar a volta atrás – mas sim a maneira como ele a fez.

“Os pilotos podem recuperar volta na F1, mas precisam fazer isso de forma limpa”, explicou ele. “Deveria ter ficado óbvio para Ocon que ele não deveria comprometer o ritmo dos líderes quando estava no fim do grid ao se aproveitar de um breve pico de desempenho de pneus novos.”

“Por essa razão, a FIA acertou ao dar uma penalidade de 10 segundos para Ocon. Ele não apenas comprometeu a margem de batalha principal, ele tirou uma vitória certa de Verstappen ao atingi-lo!”

“Sua decisão sobre Verstappen no domingo foi simplesmente errada”, afirmou Palmer, sugerindo que, mesmo que ele tivesse conseguido a ultrapassagem, o francês descobriria que aquela vantagem de seus novos pneus, seria de curta duração.

“Ocon estava ocasionalmente mais rápido por causa dos pneus novos”, reconheceu. “Mas depois de uma ou duas voltas rápidas, eles precisam entrar em seu próprio modo de gerenciamento de corrida, economizando um pouco de pneus, combustível, energia na bateria, e seu ritmo cairia um nível mais normal de meio de pelotão.”

“Se Ocon tivesse passado por Verstappen, ele teria que deixar Verstappen ultrapassá-lo de volta em uma ou duas voltas depois. Isso teria custado tempo a Verstappen.”

“Ocon ficou em P14. Suas chances de um único ponto eram muito escassas. Ele estava a 10 segundos do seu companheiro de equipe, Sergio Perez, antes de fazer a troca de pneus, com dois carros entre eles.”

“Perez chegou a reivindicar esse ponto final – é difícil imaginar que Ocon o teria batido.”

Enquanto Palmer não acha que houve uma ‘conspiração’ nas fileiras da Mercedes para usar um de seus pilotos juniores para comprometer a corrida de Verstappen, Palmer especulou se a afiliação teria desempenhado um papel menos evidente no incidente.

“Ele não teria pressionado Hamilton por causa da política da Mercedes”, disse ele. “Ele sabia que isso comprometeria a corrida do líder da corrida. Se fosse Hamilton, ele teria apenas se mantido atrás.”

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AS - www.autoracing.com.br

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