F1 – Expectativa é grande antes da decisão sobre o Bahrain

sexta-feira, 3 de junho de 2011 às 12:17
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O mundo da Fórmula 1 vive uma grande expectativa nesta sexta-feira, enquanto a categoria considera uma ida ao Bahrain no final deste ano.
Bernie Ecclestone quer a taxa de 40 milhões de dólares da corrida e disse recentemente que a política não deveria influenciar o esporte. Porém, isso não o impediu de dar uma hipótese sobre a razão pelos protestos vistos no Bahrain nos últimos meses e dias.
“Muitas pessoas educadas demais”, declarou ele à CNN no início desta semana. “Se conseguirmos encontrar uma maneira de fazer algo em relação a isso, muitos dos nossos problemas irão desaparecer”.
Acredita-se que os chefes de equipe concordaram durante uma reunião em Mônaco no último fim de semana que, baseado na logística, eles são contra a remarcação em 2011. Isso daria à FIA uma razão simples para cancelar o evento, mas ainda apoiar o lugar atual do Bahrain nos calendários futuros.
Privadamente, as figuras da categoria também estão levando a situação política em consideração, como o presidente do BRDC, Damon Hill, que acha que a Fórmula 1 deveria ficar longe do país apenas por esse motivo.
Entretanto, chefes de equipe e pilotos estão mantendo o silêncio – exceto o australiano Mark Webber, que foi uma voz solitária entre seus colegas no Twitter na quinta-feira. “Quando as pessoas de um país estão sendo feridas, os problemas são maiores do que o esporte. Vamos esperar que a decisão certa seja tomada”, afirmou ele.
Ele se referiu à reunião do Conselho Mundial de Automobilismo desta sexta em Barcelona, e antes dela, o dirigente espanhol Carlos Gracia viajou para o Bahrain a fim de avaliar a situação recente, de acordo com o jornal esportivo Marca.
Gracia vai apresentar seu relatório aos membros da FIA, e entende-se que concluiu que a situação no Bahrain está muito próxima do normal. Contudo, abusos contra os direitos humanos foram relatados e condenados durante o conflito, e a revista alemã Focus disse que a escolha da Fórmula 1 é uma questão de “moralidade ou dinheiro”.
O chefe da Renault, Eric Boullier, declarou à agência de notícias DPA: “Eu prefiro ficar fora de discussões políticas”. Considerando a opinião de Ross Brawn de que uma final em dezembro é “totalmente inaceitável” para os funcionários da Mercedes, a FIA tem uma razão não politica para dizer não ao Bahrain em 2011.
“Nâo há maneira de levarmos tudo do Brasil para a Índia a fim de termos as duas últimas corridas consecutivamente, então a data proposta seria 11 de dezembro, e não o dia 4, e isso é impensável”, afirmou o diretor esportivo da Renault, Steve Nielsen, ao jornal O Estado de S. Paulo.

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