F1 – Expectativa de apenas um pit stop para a corrida mais rápida da temporada

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 às 16:54

Paul Hembery

Monza é o circuito que, ao mesmo tempo, possui as maiores velocidades e também os mais baixos níveis de downforce da temporada. Curiosamente, apesar desses dois grandes desafios, a expectativa é de que as equipes pensem em uma estratégia com apenas um pit stop durante toda a corrida, no domingo, nesta que é a corrida “na casa da Pirelli”.

Nesta sexta-feira, em Monza, os níveis de desgaste e de degradação ficaram abaixo das expectativas, em ambos os compostos, durante as duas primeiras sessões de treinos livres. Esses níveis devem ficar ainda mais baixos ao longo do fim de semana, na medida em que a pista vai se emborrachando a cada sessão. A temperatura ambiente durante o segundo treino livre foi de 28ºC, enquanto a da pista foi 40ºC. Ambas foram um pouco acima do esperado, e deverão se manter amanhã, durante a classificação, e também no domingo, durante a corrida.

A diferença entre os dois compostos foi de 0s6 para a maioria dos pilotos, o que significa que há uma variedade incrível de estratégias possíveis, não apenas para a corrida, mas também para o treino de classificação. Uma das possibilidades, por exemplo, é fazer o classificatório com pneus duros e preservar os médios para a corrida. Os compostos médios e duros escolhidos para Monza são os mais duráveis.

Foi por isso que parte do treino livre foi gasto pelas equipes para descobrir quando os pneus atingem o ápice de seus desempenhos, o que é uma informação fundamental para a classificação. Os médios, por exemplo, chegam neste ponto após duas voltas.

Normalmente, as equipes fazem diversas simulações de corrida, com diferentes compostos e variadas cargas de combustível, para poderem avaliar as condições dos pneus em cada etapa da corrida. Assim, essas informações podem ser usadas para definir a estratégia de corrida e, consequentemente, o momento de fazer o pit stop.

A Mercedes se manteve na ponta durante os dois treinos, com Lewis Hamilton sendo o mais rápido pela manhã, com pneus duros, e Nico Rosberg o mais rápido à tarde, com os médios, cravando a volta mais rápida do dia em 1min26s225.

De acordo com Paul Hembery, diretor de Motorsport da Pirelli, “nós vimos que a diferença entre os compostos foi de 0s6 e acreditamos que essa diferença não deverá mudar muito ao longo do fim de semana. Ambos os tipos de pneus são bastante duráveis, com um nível de degradação muito baixo. Isso significa que a maioria dos pilotos deverá optar por apenas uma parada no domingo, como aconteceu no ano passado. Os pilotos podem fazer o treino classificatório tanto com o pneu médio quanto com o duro, mas certamente veremos o médio sendo usado na maior parte da prova. Assim como todos os anos, deveremos ter uma presença maciça dos fãs italianos, que são os mais apaixonados e entusiasmados torcedores do mundo – por isso é tão prazeroso correr aqui!”

Fato do dia Pirelli

Com a vitória no GP de Monza de 1925, Gastone Brilli Peri conquistou o primeiro mundial de construtores, pilotando um Alfa Romeo P2 calçado com pneus Pirelli Superflex Cord. Ele também fez apenas um pit stop, na 32ª de 80 voltas, no qual trocou apenas os pneus traseiros, e venceu a corrida após 5h14min, tendo percorrido 800 km, a uma velocidade média de 152 km/h.

EB - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.