Especial do GP Brasil

sábado, 4 de novembro de 2023 às 9:00
GP do Brasil de 2015

GP do Brasil de 2015

O GP do Brasil foi realizado pela primeira vez em Interlagos em 1972, mas não contou pontos para o Campeonato Mundial de Fórmula 1. No ano seguinte a corrida foi incluída pela primeira vez no calendário oficial da categoria.

Em 1978, a etapa brasileira passou para Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, voltando brevemente a Interlagos nas duas temporadas subsequentes antes do autódromo carioca se tornar o único a receber o evento a partir de 1981. Em 1990, o GP retornou para Interlagos, onde permanece até hoje.

Apesar de suas instalações não estarem à altura da maioria dos circuitos do calendário, Interlagos proporcionou algumas das corridas mais emocionantes e memoráveis da história recente da Fórmula 1. Junto com Spa-Francorchamps, a pista em seu formato moderno é considerada uma das poucas de grande tradição que não perdeu boa parte de sua mística e desafio.

O recordista de vitórias no GP do Brasil é o quatro vezes campeão mundial Alain Prost, que chegou a receber da torcida local o título de “Rei do Rio” após seus triunfos em 1982 com a Renault e 1984, 1985, 1987 e 1988 com a McLaren em Jacarepaguá. O francês também venceu em Interlagos em 1990 com a Ferrari, totalizando seis primeiros lugares no evento.

Os pilotos brasileiros também se destacam em casa. Emerson Fittipaldi venceu nos dois primeiros anos em que a prova contou pontos para o campeonato da Fórmula 1 – 1973 com a Lotus e 1974 com a McLaren. No ano seguinte, José Carlos Pace deu sequência à hegemonia verde e amarela ao obter sua primeira e única vitória na categoria com a Brabham. O Brasil voltaria a ter um piloto no topo do pódio em 1983, quando Nelson Piquet venceu pilotando uma Brabham. Ele repetiu o feito em 1986, dessa vez com a Williams.

Ayrton Senna foi o próximo a sentir a alegria de triunfar em casa, tendo conquistado uma vitória dramática em 1991, quando a caixa de câmbio de sua McLaren travou na sexta marcha, o que exigiu um esforço físico enorme de Senna para levar o carro até a bandeirada final. Ele voltou a vencer em 1993, quando as condições meteorológicas instáveis o ajudaram a superar as aparentemente imbatíveis Williams.

Depois disso, a torcida brasileira ficou um bom tempo sem ver um piloto do país no alto do pódio em casa. Apesar de Rubens Barrichello ter chegado perto algumas vezes, quem colocou fim ao jejum de 13 anos foi Felipe Massa, vencendo de ponta a ponta em 2006 com a Ferrari. O domínio de Massa em Interlagos teve sequência nos dois anos seguintes, apesar de ter sido obrigado a ceder o primeiro lugar ao companheiro de equipe Kimi Raikkonen em 2007.

O brasileiro voltou a se mostrar imbatível em 2008, na histórica decisão do campeonato que o viu perder o título para Lewis Hamilton por apenas um ponto. Massa chegou a ser campeão mundial por cerca de 30s após cruzar a linha de chegada em primeiro, mas Hamilton ultrapassou Timo Glock – que havia permanecido na pista cada vez mais molhada com pneus para seco – na última curva para assumir o quinto lugar e assegurar os pontos necessários para vencer o campeonato.

Interlagos

Interlagos

Conheça um pouco mais do Brasil

O Brasil é uma república federativa presidencialista, localizada na América do Sul, formada pela união de 26 estados federados e pelo Distrito Federal. Sua capital é Brasília, e o país conta com 5.565 municípios, 191.480.630 habitantes, bem como uma área de 8.514.876,599 km², equivalente a 47% do território sul-americano. Em comparação com os demais países do globo, dispõe do quinto maior contingente populacional e da quinta maior área.

Nona maior economia do planeta e maior economia latino-americana, o Brasil tem hoje forte influência internacional, seja em âmbito regional ou global. Encontra-se na 39ª posição entre os países com melhor qualidade de vida do planeta, além de possuir entre 15 e 20% de toda biodiversidade mundial, sendo exemplo desta riqueza a Floresta Amazônica, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados, a Mata Atlântica, o Pantanal e o Cerrado.

Faz fronteira a norte com a Venezuela, com a Guiana, com o Suriname e com o departamento ultramarino da Guiana Francesa; ao sul com o Uruguai; a sudoeste com a Argentina e com o Paraguai; a oeste com a Bolívia e com o Peru e, por fim a noroeste com a Colômbia. Os únicos países sul-americanos que não têm uma fronteira comum com o Brasil são o Chile e o Equador.

O país é banhado pelo oceano Atlântico ao longo de toda sua costa norte, nordeste, sudeste e sul. Além do território continental, o Brasil também possui alguns grandes grupos de ilhas no oceano Atlântico como exemplo: Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (território especial do estado de Pernambuco) e Trindade e Martim Vaz no Espírito Santo. Há também um complexo de pequenas ilhas e corais chamado Atol das Rocas (que pertence ao estado do Rio Grande do Norte).

Apesar de ser o quinto país mais populoso do mundo, o Brasil apresenta uma das mais baixas densidades populacionais. A maior parte da população se concentra ao longo do litoral, enquanto o interior do país ainda hoje é marcado por enormes vazios demográficos.

De colonização portuguesa, o Brasil é o único país de língua portuguesa do continente americano. A religião com mais seguidores é o catolicismo, sendo o país com maior número de católicos nominais do mundo, havendo parcela significativa da população de confissão evangélica, além do expressivo aumento da desfiliação religiosa nos últimos anos. A sociedade brasileira é uma das mais multirraciais do mundo, sendo formada por descendentes de europeus, indígenas, africanos e asiáticos.

O futebol é o esporte mais popular no Brasil. A Seleção Brasileira de Futebol venceu cinco vezes a Copa do Mundo FIFA, em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Basquete, vôlei, automobilismo e as artes marciais também têm grande popularidade no país. Embora não sejam tão praticados e acompanhados como os esportes citados anteriormente, tênis, handebol, natação e ginástica têm encontrado muitos seguidores brasileiros ao longo das últimas décadas.

Algumas variações de esportes têm suas origens no Brasil. Futebol de praia, futsal (versão oficial do futebol indoor) e futevôlei emergiram de variações do futebol. Nas artes marciais, os brasileiros desenvolveram a capoeira, o vale-tudo e o jiu-jitsu brasileiro. No automobilismo, pilotos brasileiros ganharam o campeonato mundial de Fórmula 1 oito vezes: Emerson Fittipaldi em 1972 e 1974, Nelson Piquet em 1981, 1983 e 1987 e Ayrton Senna em 1988, 1990 e 1991.

O Brasil já organizou e sediou a Copa do Mundo FIFA em duas oportunidades: 1950 e 2014. São Paulo organizou os Jogos Pan-americanos de 1963 e o Rio de Janeiro os de 2007. A cidade carioca também sediou os Jogos Olímpicos de 2016.

Interlagos

Interlagos

O circuito de Interlagos

O Autódromo José Carlos Pace é no sentido anti-horário. O traçado atual foi inaugurado em 1990, quando a pista original foi encurtada de 7.829 km para apenas 4.397 km a fim de se adequar às restrições da FIA em relação à extensão dos circuitos. Como consequência, foram perdidas três longas retas e três curvas rápidas (outra teve seu sentido invertido e mais uma foi criada).

A pista original permitia que os carros andassem em velocidade máxima por até 20 segundos e era considerada bastante perigosa, apesar de nenhum piloto da Fórmula 1 ter morrido no local. No entanto, desde 1990, o traçado antigo está completamente abandonado. O circuito atual ainda tem uma seção de alta velocidade muito longa, com ondulações, área de escape reduzida e curvas velozes à esquerda, que exigem muito do pescoço dos pilotos e dos pneus.

Os competidores também consideram Interlagos interessante porque o autódromo não foi construído em terreno plano, e sim acompanhando os altos e baixos do relevo, tornando-o ainda mais difícil de pilotar e exigindo mais potência dos motores. O relevo variado também é uma característica interessante para as provas de ciclismo normalmente disputadas no local.

O ângulo médio das curvas do circuito é de 122 graus – acima da média do calendário da Fórmula 1, pois o segundo setor inclui uma mistura de curvas longas e de alta velocidade. Quanto maior esse ângulo, mais fechadas são as curvas e maior a propensão para as saídas de frente comprometerem os tempos. A velocidade máxima em Interlagos em 2008 foi de 305 km/h, o que a coloca na oitava posição no ranking das maiores velocidades entre as pistas de 2009. Além disso, ela tem a sétima maior velocidade média ao longo da volta.

A perda no pitlane em Interlagos é de aproximadamente 21 segundos, o oitavo pitlane mais demorado do campeonato. Completar uma distância de 5 km no circuito brasileiro requer 2.29 kg de combustível, comparado a uma média de 2.42 kg por 5 km em todas as pistas da temporada, tornando o traçado paulistano o terceiro menos exigente em termos de consumo de combustível.

Também é comum os pilotos reclamarem da baixa aderência e da falta de potência em Interlagos. Depois de se acostumarem com uma performance aerodinâmica e de motor básica ao longo da temporada, a subida para 750 metros acima do nível do mar pode custar potência, pressão aerodinâmica e refrigeração, graças à menor densidade do ar. As perdas podem se aproximar de porcentagens de dois dígitos, e portanto, tem um impacto real sobre a performance do carro.

Leandro Schmidt
www.autoracing.com.br

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