F1 – Esforços para cortar custos deverão se intensificar em junho

Fórmula 1

Os esforços para reduzir os custos na Fórmula 1 irão se intensificar no mês de junho. Desde que as poderosas equipes do Grupo de Estratégia vetaram com os planos para um teto orçamentário obrigatório, a tensão com as equipes pequenas e sem direito a voto tem sido palpável.

Jean Todt, presidente da FIA, quer implementar alguns regulamentos para cortar custos em 2015, mas o prazo se encerra no final de junho. Alguns dias antes disso, daqui a apenas três semanas, o Conselho Mundial de Automobilismo precisaria aprovar quaisquer propostas. Até agora, houve pouco progresso.

“Eu acredito que até agora nós provavelmente poupamos cerca de 10 mil euros, mas estamos indo na direção correta”, declarou Christian Horner, chefe da atual campeã mundial Red Bull, que possui um dos maiores orçamentos da categoria.

Para as equipes grandes em particular, o risco de não acalmar suas rivais que estão em dificuldades até o prazo de junho é que a FIA fique livre para introduzir as regras que quiser em 2016. Curiosamente, Horner sugeriu que isso é exatamente o que deveria acontecer.

“Acho que os promotores e aqueles que fazem as regras precisam se reunir e dizer ‘isso é o que a Fórmula 1 vai ser’, e então as equipes têm a escolha de entrar no campeonato ou não”, disse ele.

Porém, Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber, deu a entender que muitas competidoras da segunda metade do grid não podem esperar tanto.

“A questão não é a igualdade, e nem sequer uma tentativa de melhorar nossa posição competitiva”, insistiu ela à Auto Motor und Sport da Alemanha. “É não deixar a Fórmula 1 entrar em uma dimensão financeira insustentável, com as equipes pequenas frequentemente não sabendo se poderão continuar correndo no próximo mês”.

Kaltenborn é uma defensora contundente do teto orçamentário, mesmo que ele comece com um limite alto de 200 milhões de euros no próximo ano e seja progressivamente reduzido.

“A Fórmula 1 tem esta imagem de uma máquina de gastar dinheiro”, disse ela. “Isso afasta patrocinadores, e em 2009, tirou as montadoras da categoria – porque perder era caro demais. Se uma equipe de prestígio como a McLaren ainda está buscando um patrocinador título, deve haver algo errado”.