F1 – Equipes recebem amostra de combustível sustentável da FIA

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021 às 9:11

Combustível sustentável da FIA

As equipes receberam sua primeira amostra oficial de um combustível sustentável desenvolvido pela FIA para uso nas próximas temporadas da Fórmula 1.

Começando em 2022, a federação quer que o combustível utilizado por equipes e fabricantes contenha 10% de bioetanol, com essa porcentagem aumentando gradualmente ano a ano até que o combustível seja totalmente sintético em 2025.

“Nós desenvolvemos este protótipo porque queríamos descobrir sozinhos quais diferentes tecnologias estão no mercado e como elas estão disponíveis”, declarou Gilles Simon, chefe de motores da FIA, à Auto Motor und Sport.

“Conceitos são uma coisa, mas quando você pergunta se pode ter 1000 litros daquilo, de repente eles dizem que nós podemos ter o combustível em dois anos. Então, apesar do protótipo que desenvolvemos não ser perfeito, ele está de acordo com as exigências físicas de um motor de F1. Os motores funcionam com ele”.

Simon explicou que os e-combustíveis atuais não têm uma octanagem alta o suficiente para a F1.

“95 octanas é um grande desafio, imagine as 102 ou 104 octanas que nós precisamos”, acrescentou ele, revelando que, além do etanol, os combustíveis da F1 também serão produzidos com resíduos agrícolas.

De acordo com Simon, todas as equipes da F1 receberam 200 litros do combustível protótipo.

“Agora eles podem usar seus ajustes padronizados em suas bancadas de teste e nós poderemos saber as diferenças entre o nosso combustível e o que eles usam normalmente”, disse ele.

“Nós teremos os primeiros resultados em um mês. Queremos aguardar os resultados de todas as quatro fabricantes, incluindo a Honda. Chegar ao Japão e voltar sempre demora um pouco mais. Agora, qualquer motor de F1 pode funcionar com esse combustível sem explodir, o que é um feito. Eu espero alguma perda de potência, mas ainda temos tempo até 2025”.

As estimativas iniciais são de que os e-combustíveis, que eventualmente serão desenvolvidos para as corridas pelas próprias fabricantes, poderiam tirar cerca de 20 ou 30 hp dos motores atuais.

“Eu não creio que seria tão ruim”, afirmou Simon. “Os carros de F1 ainda seriam velozes. Um tópico mais importante é a confiabilidade. Portanto, vai demorar mais alguns anos para esse combustível ser usado na F1. E há o problema da quantidade. 1000 litros podem ser produzidos rapidamente, mas um milhão é mais difícil”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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