F1 – Ecclestone: Mercedes e Ferrari estão parecendo “gêmeas siamesas”

terça-feira, 22 de dezembro de 2015 às 9:41

Ferrari e Mercedes

Bernie Ecclestone respondeu aos relatos sugerindo que a Fórmula 1 correu o risco de entrar em colapso por causa de alguns dos eventos políticos de 2015.

“A F1 nunca vai entrar em colapso. Nem mesmo se tivéssemos perdido Red Bull e Lotus”, insistiu o todo-poderoso da categoria durante uma entrevista à Auto Motor und Sport.

A montadora francesa Renault também considerou a possibilidade de sair, mas acabou optando por ter novamente uma equipe de fábrica e comprou a Lotus.

“Estamos felizes com a permanência de todos”, disse Ecclestone. “Nós apoiamos financeiramente a Renault para comprar a Lotus e fornecer motores à Red Bull, mas é um pouco estranho que uma grande companhia como a Renault tenha precisado dessa ajuda”.

Pode ser argumentado que os desafios políticos de 2015 foram os mais duros que Ecclestone já teve de enfrentar. Porém, ele afirmou: “Sempre houve e há problemas. Neste ano, a dificuldade foi que as fabricantes de motores estavam perseguindo apenas seus próprios interesses”.

“Teria sido bastante fácil para a Mercedes fornecer motores à Red Bull. Eles farão isso para a Manor, mas, se eu fosse eles, a Red Bull teria minha preferência, porque eu saberia com certeza que seria pago. Eles (Mercedes) não fizeram isso porque não quiseram ter o que precisamos dar aos fãs – competição”.

Complicando ainda mais a situação, segundo Ecclestone, foi o fato da Ferrari também ter se recusado a ajudar a Red Bull.

“Acho que existe um acordo entre Mercedes e Ferrari – no momento, elas estão parecendo gêmeas siamesas. Uma não faz nada sem a outra. Não sei se é verdade, mas foi o que me disseram. A Mercedes inclusive deu uma pequena ajuda técnica para a Ferrari, que consequentemente melhorou e está feliz. Isso significa que elas estão no mesmo barco”.

Ele diz que até mesmo Jean Todt, presidente da FIA, notou o problema, com a federação concedendo um raro e controverso “mandato” permitindo que Ecclestone faça mudanças unilaterais. “Não podemos colocar a F1 nas mãos de duas equipes”, insistiu Ecclestone.

Ao ser questionado se sua primeira atitude seria acabar com a Comissão da F1 e o Grupo de Estratégia, ele respondeu: “Vamos ver. A resposta pode ser sim. Vamos esperar para ver o que as fabricantes de motores dizem em janeiro. Nós queremos um motor mais barato que uma fornecedora independente como a Cosworth possa construir”.

No entanto, quando lhe disseram que a Ferrari poderia atrapalhar todos os planos com seu famoso veto, Ecclestone explicou: “Eles só podem usar isso de uma maneira extremamente limitada. Se a Ferrari for forçada a reconstruir seu carro, por exemplo”.

“Se nós decidirmos alguma coisa e as equipes não gostarem, elas podem tomar atitudes legais. Nós venceríamos porque não estamos fazendo isso por razões comerciais, mas para proteger a F1 e proporcionar uma competição justa para todos. Não é o que estamos tendo no momento”, concluiu ele.

 

LS - www.autoracing.com.br

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