F1 – Ecclestone: Lauda “já não sofre mais”

Niki Lauda e Bernie Ecclestone

Embora Niki Lauda já tenha dito que não tem amigos de verdade, muitos deles estão prestando homenagem emocional à inimitável lenda da F1 esta semana. “Niki sempre teve sua própria opinião”, disse um emocionado Bernie Ecclestone ao jornal Blick. “E isso é muito raro na Fórmula 1”.

O ex-supremo da F1 disse que visitou Lauda, que tinha 70 anos quando morreu na segunda-feira, no final de abril. “Eu o visitei na Suíça e ele já estava muito fraco”, declarou Ecclestone. “Eu estava realmente preocupado. Agora ele não está mais sofrendo. Foi-lhe permitido deixar este mundo com orgulho, o que é certamente melhor para ele”.

O jornal austríaco Kurier disse que um dos amigos mais próximos da Lauda foi Bertl Wimmer, que viu o presidente da equipe Mercedes há duas semanas. “Ele estava se sentindo doente”, comentou ele. “Eles o levaram para a Suíça e de lá não consegui mais chegar até ele”.

“Ele estava muito abatido quando o vi pela última vez. Ele tinha percebido que não iria se recuperar facilmente. Mas ele era um lutador e não queria acreditar. Mas em algum momento ele percebeu que não tinha mais chance”, acrescentou Wimmer.

O Dr. Helmut Marko, o chefe da Red Bull, disse à ORF TV que falou ao telefone com Lauda muito recentemente. “Ele falou com uma voz muito fraca”, comentou o austríaco. Já houve algumas situações críticas. Não se tratava de saber se ele voltaria à Fórmula 1, mas se ele sobreviveria”.

Outro dos amigos mais próximos de Lauda foi Arturo Merzario, que estava entre aqueles que salvaram o então piloto da Ferrari das chamas em Nurburgring em 1976. “A última vez que telefonei para ele foi há cerca de um mês. Ele estava realmente exausto”, lembrou ele.

Merzario está entre aqueles que acreditam que, junto com Toto Wolff, Lauda foi uma luz orientadora do domínio da F1 da Mercedes. “Preocupa-me que, sem Niki, sejam tomadas decisões equivocadas. Espero estar errado”, completou ele.

Lauda nasceu e amou Viena, e a cidade anunciou que uma sepultura de honra – uma de apenas 1000 – será oferecida ao três vezes campeão mundial. “Em última análise, é uma decisão da família se a aceita ou não”, garantiu um porta-voz da cidade.

Mas o amigo Wolfgang Fellner disse que Lauda realmente morreu em Zurique. “Ele se mudou para Lucerna há dois meses”, falou ele. “Então veio a recaída. Há dez dias ele foi transferido para o hospital em Zurique. Ele fez diálise e acho que respirador também. Ele teve que lutar pela sobrevivência”.

Alain Prost, companheiro de equipe de Lauda na McLaren e amigo, disse ao L’Equipe em França que está “em choque”. “Não achei que isso me afetaria tanto assim”, admitiu ele. “Há campeões, mas perdemos um cavalheiro que nunca se queixou da sua condição. Ele era alguém que sempre olhava para frente”.

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