F1 – Ecclestone: “Domínio de Vettel exigiu mudanças”

Sebastian Vettel e Bernie Ecclestone

O chefão da F1, Bernie Ecclestone admitiu que o domínio imposto por Sebastian Vettel em 2013 foi a razão por trás da ideia de adotar a regra do dobro de pontos para a última corrida da temporada.

Vettel conquistou o campeonato no ano passado com três corridas restantes no calendário, o que tornou o resto da temporada “um não-campeonato”, de acordo com Ecclestone de 83 anos.

A decisão de atribuir o dobro de pontos para a última corrida da temporada de 2014, foi tomada em dezembro depois de uma votação do Grupo de Estratégia F1 – composto por vários membros, incluindo seis equipes principais do esporte, a FIA e a F1 Management.

“As pessoas que estavam contra esse sistema foram algumas das equipes”, Ecclestone continuou, antes de acrescentar que os críticos “não tem porque achar que isso é uma má idéia”. “Eles não têm ideia da razão pela qual adotamos essa regra”.

“Se as últimas três corridas tivessem o dobro de pontos as equipes diriam: ‘Vamos ver sobre isso'”, disse ele. “Se Alonso vence duas dessas três corridas, então mesmo que Sebastian termine em segundo, o campeonato ainda será disputado até a última etapa.”

Ecclestone acrescentou que ele queria conceder o dobro de pontos para as últimas três corridas, mas essa ideia “não foi aprovada”, embora tenha reconhecido que “a ideia é introduzi-la talvez em 2015”.

O chefão da F1, também admitou que não foi nenhuma surpresa que Vettel declarou à imprensa alemã recentemente que ele sente que a ideia é “absurda e pune aqueles que trabalharam duro durante toda uma temporada”, enquanto o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, disse que a ideia “parece muito artificial”.

Caso o dobro de pontos estivessem em vigor em anos anteriores, Fernando Alonso teria sido declarado Campeão do Mundo em 2012, enquanto Felipe Massa teria terminado à frente de Lewis Hamilton em 2008.

No entanto, a regra da pontuação dobrada na última etapa ainda pode ser descartada antes do início da temporada de 2014, caso a FIA e as seis equipes votem contra essa medida na próxima reunião do Grupo de Estratégia, que está marcada para ocorrer no final deste mês.