F1 é capaz de fazer mais de 30 corridas por temporada, diz Domenicali

Stefano Domenicali

A Fórmula 1 é capaz de organizar mais de 30 Grandes Prêmios por temporada, de acordo com o CEO Stefano Domenicali. Atualmente, existem 23 corridas – mais do que nunca – com planos para 24 no próximo ano, graças ao esperado retorno da China.

Mas Domenicali admite que a demanda de potenciais promotores está nas alturas. “Estamos no modo push com tudo”, disse ele ao jornal esportivo Marca, de Melbourne. “Estamos vivendo um momento maravilhoso com enorme atenção em todo o mundo e diversidade, mulheres, meninas assistindo corridas, tudo”.

O ex-chefe da equipe Ferrari admite que está muito longe dos dias em que seu antecessor, Bernie Ecclestone, estava no comando. “Vamos ser justos”, declarou Domenicali.

“Bernie inventou a Fórmula 1, da qual todos nós que agora administramos este negócio sempre devemos nos lembrar. Mas agora é um esporte diferente. O mundo do entretenimento e o contexto da Fórmula 1 mudaram”, prosseguiu.

Alguns “puristas” estão preocupados que a expansão contínua da F1 ameace algumas das corridas mais históricas – como Mônaco, Monza, Silverstone, Spa e outras. “Vamos ver”, insistiu Domenicali. “O que queremos são GPs diferentes uns dos outros, cada um oferecendo uma experiência diferente conectando o passado com o futuro”.

O calendário é limitado pelo regulamento a um máximo de 25 GPs por temporada, mas Domenicali admitiu que a F1 poderia acomodar muito mais. “Lembre-se que não faz muito tempo estávamos em 15 e era difícil pensar em 17”, afirmou o italiano.

“Agora estamos em um momento em que poderíamos fazer 30 e até mais, e temos pedidos para isso. Mas queremos manter 23 ou 24 porque acreditamos que é o equilíbrio certo entre demanda e oferta. Mas isso só acontece porque a F1 está crescendo, há interesse e atenção”, explicou.

Por fim, Domenicali revelou que, em meio a relatos de que três ou quatro novas equipes em potencial estão interessadas em ingressar no esporte, nenhuma decisão foi tomada ainda. “Hoje temos 10, nossas regras permitem no máximo 12”, apontou.

Domenicali insiste que não “ouviu nada” sobre a recém-revelada ideia de “Fórmula Equal” de Craig Pollock: “Temos que perguntar se uma nova equipe é benéfica para o esporte? É forte e robusta o suficiente para garantir uma presença contínua? Se a resposta for positiva, vamos adicionar mais algumas equipes. Sem uma boa opção, não haverá outras equipes”.