F1 – Doria, Covas e Chase Carey desmentem Bolsonaro

terça-feira, 25 de junho de 2019 às 16:49

Chase Carey, João Doria e Bruno Covas

De acordo com o governador do Estado e São Paulo, João Doria, a sede do GP do Brasil de Formula 1 a partir de 2021 ainda não foi decidida. Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador reafirmou que a categoria negocia com São Paulo e Rio de Janeiro a assinatura de um novo contrato. O contrato atual termina depois do GP do Brasil de 2020.

Tanto Doria, quanto Covas e Chase Carey desmentiram Bolsonaro, que disse ontem em Brasília que “se a Formula 1 não for para o Rio, o Brasil perde a F1”, entre outras afirmações parecidas.

Doria disse que o Rio de Janeiro tem direito de querer o GP, mas que São Paulo está e vai continuar fazendo tudo para mantê-lo em Interlagos. E que, apesar do respeito por Jair Bolsonaro, a quem apoiou na última eleição presidencial, afirmou que tem obrigação de defender o estado de São Paulo. “A decisão não está 99,% tomada. A decisão será tomada”, disse Doria, referindo-se à fala do presidente da República ontem de que havia 99% de chances de o GP do Brasil ser no Rio de Janeiro a partir de 2021.

Segundo Doria, a ideia é planejar os próximos 20 anos a partir de 2021 em trabalho conjunto do governo do estado, da prefeitura de São Paulo e da organização da Fórmula 1. “Vamos trabalhar com a serenidade necessária para que essa decisão seja madura, definitiva e empresarial”, disse o governador paulista. “São Paulo é uma cidade com 13 milhões de habitantes e tem todas as condições sócio-econômicas para eventos desse porte”, disse.

“Além disso Interlagos foi eleito pelos próprios pilotos com um dos cinco melhores circuitos da F1”. continuou. “Em Deodoro não há nada”.

Bruno Covas, prefeito de São Paulo, destacou o retorno financeiro do GP do Brasil de R$ 334 milhões por ano. Covas foi enfático na manutenção da F1 na cidade com parceria do governo estadual: “Vamos fazer o possível e o impossível para manter o evento na cidade.”

Chase Carey, CEO do Liberty Media, dona da F1, destacou, assim como fez ontem na frente de Bolsonaro, que está em negociações com Rio de Janeiro e São Paulo para garantir a maior qualidade possível ao GP do Brasil. Carey quer que as corridas tenham o impacto do Superbowl, a final do futebol americano.

Também contrariando o presidente Bolsonaro, que disse que a F1 sairia do Brasil caso não negociasse um contrato com o Rio de Janeiro, Carey disse que a categoria quer permanecer no país. “Nossa meta é permanecer no Brasil. Estamos conversando com as duas cidades para decidir o que é melhor para os fãs”.

O CEO mundial da Formula 1 também ressaltou que não há pressa na tomada da decisão, já que o contrato vigente dura até 2020. Carey disse que a prioridade da categoria é renovar os contratos com expiração mais próxima, como o GP da Inglaterra, cujo contrato com Silverstone termina este ano.

“Eu lamento frustrar o presidente mas a decisão não está tomada, vocês acabam de ouvir isso do presidente da Formula 1”, disse Doria.

O governador criticou a estrutura do Rio de Janeiro para sediar a competição e se comprometeu a defender o interesse do estado em manter o evento. “Quem deve defender o Brasil é o Bolsonaro. A mim compete defender os interesses de São Paulo”, disse.

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AS - www.autoracing.com.br

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