Domenicali quer regras de 2026 explicadas em termos claros
quarta-feira, 3 de setembro de 2025 às 9:14
Stefano Domenicali
Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, ressaltou que as mudanças de regulamento de 2026 precisam ser apresentadas em linguagem simples.
Assim, segundo ele, será possível manter o apelo do campeonato não apenas para os fãs mais hardcore, mas também para o público casual que vem crescendo a cada temporada.
As novas regras vão mexer profundamente com os carros. Por um lado, o chassi será reduzido. Por outro, a aerodinâmica ativa será incorporada.

Além disso, a hibridização ganhará ainda mais força, já que a divisão entre motor a combustão e MGU ficará próxima de 50/50, com 53/47 para ser exato. Em paralelo, o tradicional DRS dará lugar a um sistema de overboost.
Riscos e comparações com 2014
Ao mesmo tempo em que há entusiasmo, existem receios. Diversos pilotos e equipes alertaram que o gerenciamento das novas unidades de potência poderá se tornar extremamente complexo.
Dessa forma, surgiu o temor de um cenário semelhante a 2014, quando a Mercedes se destacou com larga vantagem sobre Ferrari e Renault.
Contudo, Domenicali acredita que não haverá um domínio tão absoluto em 2026. Ele insiste que o maior desafio será explicar de forma clara cada detalhe, permitindo que todos compreendam as mudanças ainda antes da estreia dos carros.
Comunicação estruturada e acessível
Para atingir esse objetivo, Domenicali defendeu que a F1 utilize uma comunicação estruturada.
De acordo com ele, pequenos conteúdos visuais, gráficos simples e explicações curtas devem ilustrar o funcionamento dos carros e ao mesmo tempo mostrar o que os pilotos terão de aprender.
“Não queremos linguagem de engenheiros. Precisamos ser práticos e diretos. Se eu entender, qualquer fã também conseguirá entender”, destacou Domenicali.
Além disso, ele reforçou que a entrada constante de novos fãs exige adaptação. Portanto, a clareza na divulgação será essencial para consolidar esse público no longo prazo.
Próximos passos: planos para 2030
Entretanto, Domenicali também olha além de 2026. Logo após o GP da Itália, haverá uma reunião sobre os planos de motores para 2030.
Nesse ponto, a FIA já sinalizou preferência pela redução da hibridização e pelo uso de motores aspirados movidos a combustíveis sustentáveis.
Domenicali concordou com essa visão. Em sua avaliação, a eletrificação excessiva gera carros mais pesados, complexos e grandes. Por isso, a combinação entre hibridização moderada e combustíveis limpos parece o caminho mais equilibrado.
Entre os objetivos centrais, ele listou: reduzir custos das equipes, atender às necessidades das montadoras e garantir independência tecnológica em caso de crises no setor automotivo.
Manter fabricantes e atrair novos
Por fim, Domenicali destacou que a F1 precisa proteger a relação com os grandes fabricantes. Nesse sentido, ele lembrou que Audi e Cadillac já confirmaram entrada, a Honda retorna e a Toyota acompanha os debates de perto.
“Queremos oferecer um projeto tecnológico capaz de manter os gigantes conosco e ao mesmo tempo atrair novos fabricantes”, concluiu Domenicali.
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