F1 – Dois motores com quase 50 anos de diferença (vídeo)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021 às 13:14

Cosworth CA (2013) x Cosworth DFV 1973

Desde o seu início, a Fórmula 1 sempre foi o topo do automobilismo mundial e, como tal, os carros que nela correm são os mais avançados tecnologicamente do planeta. Dito isto, o que era avançado há 50 anos não é tão avançado para os padrões modernos, e podemos fazer uma boa comparação olhando para os motores.

A comparação desta vez foi levantada pela por Matt Grant, coproprietário da Modatek, fornecedora de peças para a Cosworth.

Na foto abaixo estão dois blocos de motor de Fórmula 1 da Cosworth, com cerca de 50 anos de diferença. O da direita é de um Cosworth DFV 1967 (quatro válvulas) 3.0L V8 e o da esquerda é de um Cosworth CA 2.4L V8 2013.

O DFV é um dos motores de F1 mais famosos de todos os tempos, equipando muitos carros icônicos da história do esporte. O V8 de 90 graus venceu sua primeira corrida em 1967 com Jim Clark e ganhou 155 outras mais até o final de sua “carreira” em 1983 com Keke Rosberg.

Em contraste, o CA pode não ter sido uma máquina tão vitoriosa quanto o DFV, mas ainda era um bom motor e permitiu que muitas equipes menores, com finanças restritas, participassem do esporte. O que o CA verdadeiro reivindicou para a fama, no entanto, foi ser o último V8 na F1, já que a categoria mudou para um sistema híbrido V6 em 2014.

Bloco 2013 x 1973

Se olharmos para os dois motores, podemos ver todo o progresso tecnológico que foi feito nos 46 anos que os separam. A primeira coisa que você notará imediatamente é a diferença de tamanho, apesar do CA ser apenas 0,6 L menor do que o DFV. Graças ao projeto assistido por computador (CAD) e à usinagem de controle numérico computadorizado (CNC), somos capazes de fabricar projetos muito mais avançados e eficientes em comparação com o que era possível há quase meio século.

Se olharmos para os pistões dos dois motores abaixo, podemos ver uma diferença de tamanho enorme entre eles, como nos blocos do motor. Mais uma vez, as cabeças de pistão do CA 2013 são muito menores e mais leves do que o DFV de 1967 sem sacrificar a resistência devido a todos os avanços feitos nos processos de fabricação e materiais.

Pistão 2013 x 1973

E mesmo desde 2013, os cientistas e engenheiros da F1 fizeram grandes avanços em tecnologia e eficiência de unidades de potência, agora tendo o sistema híbrido para lidar com o motor. Por exemplo, alguns dos motores F1 atuais são capazes de operar com 50% de eficiência térmica, o que significa que 50% do combustível do motor é convertido em força de propulsão e os outros 50% são perdidos como calor. Isso pode não soar bem, até que você perceba que o motor de um carro de rua – mesmo os melhores – funciona com uma eficiência térmica de cerca de 30%. Esse é apenas um dos muitos avanços feitos desde então, e mais estão sendo feitos a cada dia.

Veja um Cosworth V8 sendo levado ao limite de 20 mil rpm no dinamômetro!

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AS - www.autoracing.com.br

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