F1 deve começar a pensar nos motores de 2021 agora

terça-feira, 9 de agosto de 2016 às 9:46
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Unidade de potência da Mercedes

A Fórmula 1 deveria começar a pensar no futuro do regulamento dos motores, de acordo com duas figuras técnicas importantes da categoria.

A Mercedes vem dominando as três primeiras temporadas da controversa era das unidades de potência, mas a fórmula básica do V6 de 1.6 litro está definida até o fim de 2020.

Alguns acreditam que a F1 cometeu um erro ao adotar a cara tecnologia de última geração, e até mesmo Paddy Lowe, da Mercedes, concordou que existe uma “grande questão” a respeito do futuro da categoria.

“Isso levanta algumas considerações muito grandes”, disse ele. “Como definimos um motor que seja correto para a F1, mas também relevante para o tipo de unidades de potência que veremos nos carros de rua do futuro?”

“Continuamos ligados àquela tecnologia, que é cada vez mais elétrica, de alguma maneira ou seguimos nosso próprio caminho? Portanto, há algumas questões extremamente importantes”, acrescentou Lowe.

O som do motor tem sido um grande tópico de discussão desde 2014, apesar do volume ter aumentado gradualmente desde então a ponto dos espectadores ao lado da pista serem novamente obrigados a usar tampões de ouvido.

Lowe disse: “Não iguala o som dos antigos V8 ou V10, mas ainda levanta um debate interessante. Creio que os carros de rua do futuro serão completamente silenciosos se forem todos elétricos, então nós (F1) vamos querer barulho? Vamos associar o barulho à performance ou não?”

“Temos alguns debates bastante interessantes nessa área e acredito que precisamos iniciar processo”, acrescentou ele.

Jock Clear, engenheiro da Ferrari, concorda que a F1 “subestimou” coletivamente o desafio quando a era atual do V6 turbo foi elaborada, desapontando o público e criando grandes diferenças de performance no pelotão.

“Quanto mais cedo começarmos, mais cedo poderemos chegar a uma solução que será a melhor para a categoria”, afirmou ele. “Temos de pensar no contexto do que a F1 precisa e do que o público quer. Mas, fundamentalmente, ainda é um desafio tecnológico e precisamos acertar na tecnologia”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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