F1 segue debate sobre duas paradas obrigatórias em 2026

sexta-feira, 14 de novembro de 2025 às 15:30

Pit stop de Lando Norris

As conversas entre a Fórmula 1, as equipes e a FIA vão continuar após a reunião da Comissão da F1 terminar sem acordo sobre a proposta de duas paradas obrigatórias nas corridas. A ideia surgiu como tentativa de aumentar o dinamismo das provas, já que o calendário registrou um avanço constante das estratégias de uma única parada.

Debates sobre estratégia e pneus

O encontro em Londres reuniu representantes das dez equipes, Pirelli, o CEO e presidente da F1, Stefano Domenicali, e o diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis. Durante a reunião, as partes analisaram dados, simulações e feedback técnico. No entanto, o comunicado pós-encontro deixou claro que “nenhuma mudança foi acordada no momento”.

As discussões abordaram possíveis ajustes nas especificações dos pneus, limites de vida útil e uso obrigatório dos três compostos de pista seca. Ainda assim, o comunicado final destacou que as conversas “continuarão durante a temporada 2026”. Por isso, torna-se muito improvável que uma regra de duas paradas obrigatórias — exceto em Mônaco — entre em vigor antes de 2027.

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Mudanças na ATR e nas regras de pintura

A Comissão também tratou de outros temas, incluindo restrições aos testes aerodinâmicos (ATR). Segundo o grupo, novos ajustes estão em desenvolvimento para alinhar a Fórmula 1 às tecnologias de simulação atuais, sempre considerando os custos.

Além disso, após consultas ao Comitê Consultivo Técnico (TAC), surgiu o debate sobre um limite mínimo de superfície pintada para os carros de 2026. Os representantes concordaram que 55% da área lateral e superior deve receber pintura ou adesivos, reduzindo o uso de fibra de carbono exposta. Com isso, a categoria espera aumentar a diferenciação visual entre os carros, já que várias equipes reduziram pintura para economizar peso.

Novas regras para números dos pilotos

Outro ponto relevante foi o sistema de numeração dos pilotos. Desde 2014, cada piloto escolhe um número entre #2 e #99, com exceção do #17. O campeão mundial pode correr com o #1, enquanto seu número tradicional, como o #33 de Max Verstappen, fica congelado nesse período.

Dessa vez, a Comissão aprovou uma proposta que permite aos pilotos mudar seus números permanentes ao longo da carreira, algo que até então não era possível.

Avanços no sistema de refrigeração dos pilotos

A reunião também abordou o sistema de refrigeração dos pilotos, programado para ser obrigatório em 2026. A FIA determinou o uso do sistema em Singapura e nos Estados Unidos após declarar risco por calor extremo, embora alguns pilotos não o tenham utilizado ativamente nas corridas.

Por causa disso, surgiram propostas de redesign do equipamento, além de um eventual aumento do peso total dos carros para compensar o uso obrigatório. Mais discussões ocorrerão com a Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA).

Todas essas mudanças ainda dependem de aprovação formal do Conselho Mundial do Desporto Automóvel (WMSC), cuja próxima reunião aconte­cerá em 10 de dezembro.

EB - www.autoracing.com.br

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