F1 – Confiabilidade foi determinante na disputa HAM x ROS em 2016?

segunda-feira, 28 de novembro de 2016 às 14:30
Hamilton e Rosberg se abraçam após titulo do alemão em Abu Dhabi

Hamilton e Rosberg se abraçam após titulo do alemão em Abu Dhabi

Depois de ver suas chances de título falharem ontem, Lewis Hamilton teve a visão clara que a falta de confiabilidade desempenhou um papel determinante em sua derrota no campeonato.

“Obviamente, tivemos muitos problemas este ano”, disse ele, “e por isso foi inevitável chegar nesta posição”.

Problemas técnicos são uma inevitabilidade no automobilismo. E se as falhas no carro podem ter custado a Hamilton seu quarto título este ano, certamente outros pilotos antes dele – particularmente aqueles que perderam títulos para seus companheiros de equipe – também perderam por isso.

Os exemplos mais claros foram quando Fangio perdeu para Farina em 1950, Jack Brabham para Denny Hulme em 67, Gilles Villeneuve para Jody Scheckter em 1979, Lauda para Prost em 85, Mansell para Piquet em 87 e finalmente Senna para Prost em 89. Os pilotos em negrito tiveram bem mais problemas de confiabilidade que seus companheiros de equipe nas referidas temporadas, o que os impediu de marcar pontos que no final lhe dariam os títulos perdidos.

O carro de Hamilton não teve tantos problemas. Apenas três pilotos do grid que entraram em todas as corridas tiveram menos problemas técnicos que os impediram de encerrar corridas em 2016.

Infelizmente para Hamilton, um desses três foi seu companheiro de equipe. O Mercedes W07 foi muito confiável, assim como a unidade de potência Mercedes PU106C, que também estava na parte de trás de seis outros carros que praticamente não tiveram problemas na PU, a não ser o de Hamilton.

Há um paradoxo aqui: Quanto mais confiável é o carro de uma equipe, mais prejudicial é a quebra para seu piloto.

Rosberg teve alguns problemas de confiabilidade, mas nenhum deles em classificação ou corrida, o que fez com que o alemão não tivesse nunca que largar do fundo do grid ou deixasse de terminar uma corrida.

Portanto é impossível evitar a conclusão de que os pontos potenciais de Hamilton foram muito diminuídos pelos problemas que ele experimentou.

A quebra de motor na Malásia quando liderava, largar no fim do grid na China e na Bélgica e ter que largar em décimo lugar na Rússia limitaram muito a capacidade de Hamilton em bater seu companheiro de equipe. Rosberg não teve um único contratempo de confiabilidade relacionado que fosse tão prejudicial quanto qualquer um destes quatro foram para Hamilton.

Isso não quer dizer que a falta de confiabilidade tornou impossível para Hamilton vencer o campeonato este ano. Mas, no cálculo final, ele só precisava de um pouco menos de azar para conquistar seu quarto título mundial.

AS - www.autoracing.com.br

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