F1 – Como os pneus são alocados às equipes: o código de barras

domingo, 10 de março de 2013 às 9:50

Pneus Pirelli

Mais uma vez, a Pirelli irá levar cerca de 1800 pneus a cada grande prêmio neste ano. Ele são distribuídos às equipes aleatoriamente com a ajuda de um código de barras, um processo realizado pela FIA, a agência reguladora do automobilismo.

Eles são produzidos na fábrica de última geração para o automobilismo da Pirelli, em Izmit, próxima a Istambul, na Turquia. Durante o processo de produção, cada pneu recebe um código de barras fornecido pela FIA. Esse código de barras é o “passaporte” do pneu, embutido firmemente na estrutura durante o processo de vulcanização e não pode ser trocado. O código contém todos os detalhes de cada pneu, o que o torna rastreável durante o fim de semana da prova com o software RTS (Racing Tyre System) da Pirelli, que pode ler e atualizar todos os dados.

Para os grandes prêmios europeus, os pneus são, então, transportados para o centro de logística e distribuição da Pirelli em Didcot, no Reino Unido. Ao chegarem, um oficial da FIA recebe uma lista de códigos de barra, relacionados aos pneus que serão levados à prova seguinte. A FIA, então, atribui códigos de barra – e, portanto, pneus – a cada equipe aleatoriamente.

A Pirelli não se envolve no processo, o que significa que a empresa italiana não pode influenciar quais pneus são alocados a quais equipes – embora um processo rigoroso de controle de qualidade em Izmit garanta que todos os pneus que saem da fábrica sejam idênticos.

No circuito, os pneus são distribuídos entre as equipes em rigorosa conformidade com a lista elaborada antecipadamente pela FIA. Os códigos de barra permitem que a FIA e a Pirelli garantam que as equipes certas, de acordo com o regulamento, usem os pneus certos.

Cada equipe tem um engenheiro da Pirelli, que trabalha exclusivamente com ela durante todo o ano, mas o banco de dados com o qual cada engenheiro trabalha permite que ele só veja informações relativas especificamente a sua equipe no final de semana, para que estratégias individuais não sejam comprometidas. Os dados de desenvolvimento são supervisionados pelos engenheiros seniores da Pirelli, que monitoram todas as informações para ajudar a equipe de pesquisa responsável por moldar a próxima geração de pneus.

CONTAGEM REGRESSIVA PARA UM GRANDE PRÊMIO

Antes do Grande Prêmio:

• A Pirelli, com aprovação da FIA, seleciona os pneus para a corrida – um composto mais macio e outro mais duro.

• A produção da alocação do pneu começa na fábrica de Izmit, na Turquia. A Pirelli fornece aproximadamente 1800 pneus de Fórmula 1 para cada corrida, cerca de 700 mais se a prova for uma rodada da GP2 e 600 para a GP3.

Duas semanas antes da prova:

• Para eventos europeus, os pneus para a prova são transportados de Izmit a Didcot: uma viagem terrestre de aproximadamente 3.100 km que leva três dias.

• Os pneus chegam à unidade de Didcot e têm seus códigos de barra escaneados no sistema da Pirelli. A FIA, então, é notificada sobre os códigos.

• Aleatoriamente, a FIA aloca alguns códigos de barra a cada equipe. Os pneus alocados, então, são separados entre equipes em Didcot e carregados em sete caminhões para transporte até o Grande Prêmio (quatro para a F1, três para a GP2 e a GP3).

Uma semana antes da corrida:

• Os caminhões saem de Didcot em direção à prova, normalmente chegando na segunda-feira antes da corrida. Os 18 montadores configuram a área de montagem e os códigos de barra são confirmados novamente com a FIA.

Cinco dias antes do Grande Prêmio:

• Os montadores começam a montar os pneus nos aros. Um profissional experiente leva cerca de 2,5 minutos para montar um pneu do começo ao fim, e, para todos os pneus do final de semana, são necessários dois dias. As equipes são as donas das rodas: elas são levadas para a Pirelli no circuito para que os pneus sejam encaixados.

Durante o fim de semana da prova:

• Os regulamentos esportivos determinam que um conjunto dos pneus secos mais duros deve ser devolvido depois da primeira sessão de treino, com um conjunto dos mais macios e outro dos mais duros devolvidos antes do início da terceira sessão de treinos. Outro conjunto de compostos mais macios e um dos mais duros deve ser devolvido antes do começo da classificação. Isso significa que cada piloto tem seis conjuntos do composto seco (três de cada especificação) disponível para a qualificação e a prova.

• Os pneus devolvidos são removidos dos aros, pois não serão mais usados, e os aros são devolvidos às equipes.

Depois do Grande Prêmio:

• Todos os pneus restantes, usados e não usados, são retirados dos aros e transportados de volta a Didcot. Quando chegam, são levados a uma unidade especializada, onde são destruídos e queimados a temperatura muito alta para produzir combustível para fábricas de cimento. O material produzido neste processo também pode ser utilizado para superfícies de estradas e outras aplicações industriais.

EB - www.autoracing.com.br

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