F1 – Carros serão mais barulhentos; teto orçamentário é deixado de lado

Jean Todt, presidente da FIA

As equipes de Fórmula 1 e os chefes do esporte concordaram em estudar formas de tornar os carros atuais mais barulhentos, na sequência de queixas sobre o som dos novos motores V6 turbo. Após uma série de reuniões neste fim de semana no Bahrain, foi alcançado um acordo unânime, segundo o site Autosport.

Um grupo de trabalho está sendo criado pela FIA para analisar a questão, a fim de aumentar o ruído dos motores o mais rapidamente possível. Espera-se que avaliações para esse fim ocorram nos testes previstos para após o GP da Espanha, em maio.

“É algo que temos tratado com todos os fabricantes envolvidos na F1, queremos resolver, mesmo com as novas regras”, disse Jean Todt, presidente da FIA. “Portanto, temos que ver se podemos implementar a curto, médio ou longo prazo um ruído maior. E que vamos fazer e vamos chegar a um acordo unânime”.

“É muito difícil para mim dar uma resposta precisa”, prosseguiu o francês, quando questionado sobre se haverá solução para elevar o som dos motores. “Pediram-me para resolver o problema do ruído. É um problema que gera alguma preocupação. Eu sinto que podemos solucioná-lo com um acordo unânime. Depois de Barcelona haverá testes de dois dias, por isso espero que haja algo para ser testado”.

O presidente da FIA, por outro lado, não concorda com a sugestão do presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, que pretende flexibilizar as regras de economia de combustível. “Estamos em um mundo onde, infelizmente, não temos uma só voz, o que é justo. Em um mundo de competição, aqueles que estão na frente normalmente não se queixam, e os que não estão na frente normalmente se queixam. Você deve perguntar a (Lewis) Hamilton ou (Nico) Rosberg se eles acham que estão dirigindo como motoristas de táxi”, concluiu ele.

Outra novidade deste domingo é o abandono da ideia da adoção de um teto orçamentário para as equipes já em 2015. Seis delas (Red Bull, Ferrari, Mercedes, Williams, McLaren e Lotus) escreveram para a FIA no mês passado, salientando que tal ideia não era realista. A ideia das escuderias é de que a redução de custos se dê através de novas regras técnicas e esportivas, e que não haja um policiamento de seus gastos.