F1 – Carey: Mudanças nas regras são para atrair novas equipes

sábado, 18 de novembro de 2017 às 11:44

Chase Carey

Os planos polêmicos da Fórmula 1 para mudar os regulamentos de motor para 2021, e também abordar os custos, são para atrair novas equipes, de acordo com o CEO da F1, Chase Carey. As propostas para motores mais simples com mais padronização atraíram críticas da Ferrari, Mercedes e Renault quando foram anunciadas no início deste mês.

Carey, chefe da proprietária da F1 Liberty Media, acredita que as mudanças são vitais para encorajar novos participantes. “Eu acho que a coisa mais importante que podemos fazer é tornar o modelo de negócios para possuir uma equipe muito melhor”, disse Carey.

“Hoje, quando falo com algumas das entidades que você gostaria de ter no esporte, ou pensam em estar no esporte, elas acabam dizendo: ‘Custa demais, ou se formos mais disciplinados sobre o que gastamos, estaremos competindo na parte de trás do grid – se essas são nossas duas escolhas, isso não é tão atraente'”, demonstrou.

“É por isso que estamos buscando iniciativas de custos e motores que ainda terão diferenças nos carros, cada carro é único, mas a concorrência é mais equilibrada e a economia é mais previsível”, prosseguiu o dirigente.

“Se pudermos criar nosso modelo de negócio, isso beneficiará nossas equipes existentes, mas acho que será muito mais interessante para uma série de potenciais novos participantes”, espera Carey, que reconhece que haverá compromissos para tentar resolver as preocupações das atuais fabricantes.

“No passado, era um pouco para si mesmo, podia mentir, trapacear e roubar o outro cara”, afirmou ele. “Isso fez o negócio ‘um mais um é um e meio’. Queremos ter concorrência na pista, mas uma visão compartilhada de onde pensamos e queremos que esse esporte vá, e trazer todos junto conosco”.

“Obviamente, haverá diferenças, temos que encontrar os compromissos certos, mas podemos fazer ‘um mais um igual a três’. Temos equipes hoje que pagam a melhor parte de meio bilhão de dólares por ano para ter dois carros na pista. Não oferece nenhum valor para os fãs, isso é feito para competir com outros caras”, explicou.

“Estamos buscando iniciativas de custos, motores, aerodinâmica, outros, e teremos uma oportunidade única para melhorar a concorrência e melhorar a economia. Queremos que este seja um negócio rentável para as equipes, e, obviamente, queremos obter nossa participação dessa lucratividade melhorada”, comentou.

“Isso torna mais saudável para as equipes, e certamente torna mais atraente para outras equipes entrarem”, completou Carey, que citou 2020, o ano anterior ao novo motor sob novas regras, como um prazo “para que o esporte acompanhe o fato de ser tudo o que pode”.

Ele também disse que os executivos legais e financeiros que ficaram da era Bernie Ecclestone ajudaram a evitar as “armadilhas deixadas por Bernie”.

EB - www.autoracing.com.br

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