F1 – Banimento do “modo festa” deve ser adiado para Monza

quinta-feira, 20 de agosto de 2020 às 9:39

Mercedes

As novas medidas visando impedir que as equipes de Fórmula 1 usem “modos de classificação” do motor não entrarão em vigor na próxima etapa do campeonato.

Na semana passada, a FIA avisou as equipes que exigiria que elas usassem os mesmos modos de motor na classificação e corrida a partir do GP da Bélgica da próxima semana. Entretanto, o site racefans.net relatou que a mudança foi adiada para a prova seguinte, o GP da Itália, na semana posterior.

A nova restrição será aplicada por meio de uma diretriz técnica. Adiar a introdução vai garantir que as equipes tenham o tempo necessário para completar testes no dinamômetro em preparação para a mudança.

A alteração visa os chamados “modos de classificação”, que permitem que as equipes aumentem a potência de seus motores por curtos períodos de tempo. A FIA supostamente está preocupada por esses modos serem cada vez mais usados pelas equipes como um compromisso entre confiabilidade e performance.

De acordo com as regras da F1, as atualizações de desempenho são bastante restritas. Contudo, o apêndice quatro do regulamento esportivo permite que as fabricantes peçam permissão à FIA para fazer alterações em suas unidades de potência “pela confiabilidade”.

A federação suspeita que algumas mudanças de confiabilidade solicitadas pelas equipes foram feitas devido ao fato dos motores terem sido forçados além de seus parâmetros normais com os modos de classificação. Portanto, as alterações poderiam ser uma maneira indireta de extrair mais performance.

A FIA levantou mais duas áreas de preocupação no que diz respeito ao uso dos modos de classificação em sua carta às equipes na semana passada.

A primeira é que a complexidade crescente dos modos tornou quase impossível garantir que as unidades de potência estejam dentro do regulamento técnico. A natureza sofisticada do hardware e software usados pelas equipes e a proliferação dos modos significam que uma enorme quantidade de dados precisa ser analisada nas checagens.

A segunda são as constantes alterações nos ajustes do motor que as equipes instruem seus pilotos a fazer pelo rádio. A FIA acredita que essas mudanças se tornaram vitais para equilibrar a performance e a confiabilidade das unidades de potência. Como elas estão sendo instigadas pelas equipes e os pilotos têm pouco controle, elas poderiam ser consideradas uma violação do artigo 27.1 do regulamento esportivo, que afirma que os pilotos devem guiar “sozinhos e sem ajuda”.

De acordo com fontes, duas fabricantes se mostraram insatisfeitas com as mudanças em uma reunião do Grupo de Trabalho das Unidades de Potência na segunda-feira. Um novo adiamento da proibição até o final da temporada ou até mesmo o próximo ano supostamente também foi discutido.

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