F1 – Baixo número de vencedores se deve à guerra de gastos, segundo Wolff

Nico Rosberg e Lewis Hamilton

A guerra de gastos entre as equipes de ponta da Fórmula 1 é a culpada pela menor quantidade de vencedores desde a temporada 1988, avalia Toto Wolff, chefe de competição da Mercedes.

O triunfo de Lewis Hamilton no GP da Espanha significa que, pela primeira vez desde que Alain Prost e Ayrton Senna dominaram há 26 anos, apenas três pilotos venceram corridas em um período de 12 meses.

O fato de Hamilton, Nico Rosberg e Sebastian Vetttel estarem monopolizando o degrau mais alto do pódio contrasta com a competitividade de alguns anos atrás – como no início de 2012, quando sete pilotos diferentes venceram as sete primeiras etapas da temporada.

“Acredito que, com toda esta conversa sobre teto orçamentário e redução de custos, os resultados refletem os gastos”, disse Wolff ao ser questionado a respeito do assunto pelo site Autosport. “É claro que vamos ver uma ampliação da diferença entre as equipes pequenas e grandes, e não é o que queremos. E essa provavelmente é a razão”.

Apesar de reconhecer que pode ser difícil mudar a situação na frente do pelotão a curto prazo, Wolff acha que a performance da Williams neste ano prova que equipes menores ainda podem obter bons resultados.

“Se a Williams tivesse acertado a estratégia na Espanha, o carro deles poderia ter terminado no pódio. É uma equipe que possui consideravelmente menos recursos do que as outras. Espero que tenhamos mais diversidade nos resultados, porém não tão cedo!”

A escala do domínio da Mercedes neste ano significa que há uma chance de a Fórmula 1 ter sua primeira temporada na qual apenas dois pilotos conquistam vitórias. Porém, Wolff está mais cauteloso em relação à possibilidade de a Mercedes vencer todas as provas.

“É apenas a quinta corrida. Olhando a performance agora, você questiona se pode acontecer, mas temos 14 etapas pela frente. Não tivemos condições como períodos de safety car no momento errado ou tempestades. Além disso, os pilotos ainda não se tocaram – o que supostamente vai acontecer – ou espero que não! Então, é cedo demais. Se pensarmos nisso, vamos perder o foco”.