F1 avalia taxa para investigações e protestos oficiais
quarta-feira, 23 de julho de 2025 às 9:34
Russell x Verstappen – Canadá 2025
Mais umz vez, a Fórmula 1 está no centro de uma mudança importante no regulamento.
A Comissão da F1 decidiu avaliar não apenas o reajuste das taxas de protestos, apelos e revisões, como também discutir a possível introdução de um valor adicional para abertura de investigações formais.
A reunião ocorreu em 22 de julho e foi a terceira do ano, sob a presidência de Nikolas Tombazis (diretor de monopostos da FIA) e Stefano Domenicali (CEO da F1).

Embora as mudanças ainda não tenham sido aprovadas, a tendência é clara: elevar o custo de ações consideradas especulativas.
Caso Red Bull x Russell reacende o debate
O tema ganhou força principalmente após a Red Bull ter protestado contra George Russell no GP do Canadá. Como resultado direto, a FIA demorou mais de cinco horas para confirmar oficialmente a vitória do britânico sobre Max Verstappen no Circuito Gilles Villeneuve.
Importante destacar que foi a segunda vez em poucos meses que a equipe austríaca apresentou protesto contra o piloto da Mercedes – o primeiro sendo no GP de Miami.
No entanto, o episódio em Montreal teve impacto muito maior, tanto no andamento da prova quanto na repercussão nos bastidores.
Russell defende aumento significativo da taxa
Atualmente, protestar formalmente custa apenas €2.000. Segundo Russell, esse valor é extremamente baixo, considerando os orçamentos milionários das equipes.
“Quando comparamos com multas por palavrões ou por encostar numa asa traseira, €2.000 não afetam em nada. Se fosse uma taxa de seis dígitos, talvez as equipes pensassem duas vezes antes de agir”, afirmou o piloto.
Além disso, ele lembrou que o valor é reembolsável caso o protesto seja aceito, o que praticamente elimina qualquer risco financeiro. Por isso, para Russell, o sistema atual permite abusos e deveria ser reformulado com urgência.
Red Bull visava proteger Verstappen, sugere Russell
Para o vencedor da prova em Montreal, o protesto da Red Bull tinha um objetivo tático. De acordo com Russell, a ação foi uma tentativa de proteger Max Verstappen de uma possível punição depois de um incidente sob o safety car.
“Foi algo desnecessário e claramente partiu da Red Bull. Acho que Max nem sabia. Estava evidente que não haveria nenhuma penalização”, comentou.
Assim, ele concluiu que toda a situação não passou de uma jogada política, sem base sólida para alterar o resultado da corrida.
FIA cogita nova taxa para investigações
Em seu comunicado oficial após a reunião da Comissão, a FIA confirmou que pretende revisar os valores das taxas já existentes.
Além disso, sinalizou que pode instituir uma nova taxa específica para a abertura de investigações, algo que ainda não está previsto no regulamento atual.
Essa proposta também ganhou apoio indireto após declarações de Zak Brown, CEO da McLaren. No início do ano, Brown criticou duramente a Red Bull por conta de uma suposta irregularidade técnica envolvendo o sistema de resfriamento de freios e pneus.
Portanto, o debate sobre responsabilidade financeira nas disputas legais dentro da F1 está longe de terminar. Caso essas mudanças sejam aprovadas, elas podem afetar profundamente a forma como as equipes lidam com as regras e protestos a partir da próxima temporada.
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