F1 – Audi nega ligações com a Red Bull a curto e médio prazo

Audi

A Audi negou que esteja planejando entrar na Fórmula 1 em um futuro previsível.

O fabricante alemão foi recentemente ligado a se tornar um fornecedor de motores para a Red Bull, cujo atual fornecedor, Honda, está se retirando do esporte no final deste ano.

Para 2022, e até que mudanças significativas nos regulamentos do motor venham três anos depois, a Red Bull surpreendentemente fará a ‘operação Honda’ internamente por meio da aquisição da propriedade intelectual da empresa japonesa.

Eles já revelaram planos para estabelecer sua própria “oficina” de motores no QG de Milton Keynes, que se chamará Red Bull Powertrains. Uma votação que foi aprovada na quinta-feira para congelar o desenvolvimento do motor e, assim, economizar custos, deu a este projeto a luz verde.

No entanto, a Auto Motor und Sport informou que as conversas já haviam sido dificultadas por rumores de que a Audi estava interessada em se tornar uma fabricante de motores de Fórmula 1 a partir de 2025.

Outro nome ligado em termos semelhantes tem sido a Porsche ou a Lamborghini, especialmente dada a declaração do CEO da F1, Stefano Domenicali, recentemente, de que ele havia conduzido conversações com potenciais novos fabricantes.

Audi, Porsche e Lamborghini são todas marcas do Grupo Volkswagen.

Agora, a Audi rejeitou as alegações de que estão considerando se envolver com a F1.

A RTL relatou um porta-voz da Audi dizendo que a negação de tal boato está “na minha gaveta há 10 anos” e que “no momento não estamos lidando com a Fórmula 1” – embora ele tenha ressalvado que nada foi descartado categoricamente.

Foi acrescentado que a estratégia de automobilismo da Audi para os próximos 10 anos está em vigor, mas que “a Fórmula 1 não aparece nela”.

Embora a Red Bull esteja incorrendo em grandes despesas para configurar sua nova operação de motores, eles ainda consideraram uma opção preferível comprar UPs de um fabricante existente – o que certamente significou uma reunião muito estranha com a Renault.

Red Bull e Renault fizeram uma parceria extremamente bem-sucedida no começo da década passada, quanto juntas ganharam 8 títulos mundiais seguidos, 4 de pilotos e 4 de construtores. Mas a partir de 2014 com a introdução das UPs turbo híbridas e a proibição do difusor duplo soprado, a relação entre eles começou a desandar. A UP Renault não era boa o suficiente e o carro da Red Bull sem o difusor soprado deixou de ser dominante.

A Red Bull colocou a culpa somente na Renault e acusações púbicas começaram a pipocar constantemente. Essas acusações foram se tornando cada vez mais acintosas extrapolando o limite de um profissionalismo minimamente esperado. Problemas pessoais entre os chefes da Red Bull e os da Renault foram se tornando cada vez mais fortes até um ponto de ruptura quase sem volta, o que raramente acontece em negócios.

A Renault trocou seu pessoal de cima nos últimos anos, mas a Red Bull não. E Christian Horner e Helmut Marko conseguiram convencer o dono da Red Bull, Dietrich Mateschitz, que tentar manter a UP Honda mesmo com os japoneses fora a partir do final deste ano, era melhor do que voltar a fazer uma parceria com a Renault, única fabricante de UP disponível.

Mas, a menos que a nova operação da Red Bull Powertrains prove ser um sucesso ‘não qualificado’, eles provavelmente permanecerão abertos a uma colaboração com um novo fabricante adequadamente atraente a partir de 2025.

O conselheiro da Red Bull, Dr. Helmut Marko, explicou: “Um de nossos edifícios existentes está sendo adaptado para uma oficina de motores.”

“Esta oficina de motores é tecnicamente projetada de tal forma que o desenvolvimento – desde que permaneça dentro do escopo previsto – para as novas regulamentações da UP possam ser realizadas lá.”

“É um investimento único no prédio e, acima de tudo, nos bancos de teste. Mas os custos de disso não serão muito mais altos do que se tivéssemos comprado um motor em outro lugar. Custa mais, mas não significativamente mais.”