F1 – “As regras de motor estão falidas”, diz Johansson

terça-feira, 17 de novembro de 2015 às 14:42

GP do Brasil

O ex-piloto da McLaren e Ferrari Stefan Johansson rotulou os atuais regulamentos de motor como “ridículos” por não permitir o desenvolvimento suficiente para ajudar a alcançar a Mercedes.

A fabricante alemã dominou o campeonato pelo segundo ano consecutivo, já que sua unidade de potência provou ser de uma classe à parte.

Com o desenvolvimento de motor limitado a apenas as fichas concedidas a cada fabricante, a Mercedes conseguiu manter sua vantagem por dois anos.

Johansson, que correu na F1 entre 1980 e 1991, avalia que o conceito está “completamente falido”.

“O verdadeiro problema é esta fórmula incrivelmente complicada que a F1 tem, com penalidades para isso e aquilo, e você não está autorizado a fazer qualquer desenvolvimento”, disse Johansson. “Isto não faz sentido para mim. A proibição de desenvolvimento foi inicialmente implementada para manter o custo em um nível razoável, mas esse conceito já está completamente falido”.

“As fabricantes têm gasto muito dinheiro com estes motores. É obsceno. Por que não deixá-las continuar a desenvolvê-los e, pelo menos, serem capazes de corrigi-los? É ridículo ter uma fórmula, onde há apenas um motor bem sucedido e os outros não estão autorizados a fazer o desenvolvimento que, obviamente, precisam para se tornarem competitivos”.

O sueco considera que limitando o desenvolvimento de motor, mas permitindo que as equipes gastem tanto dinheiro quanto quiserem no desenvolvimento do chassis, não faz qualquer sentido.

“No entanto, você pode fabricar 500 novas peças para o chassis todo fim de semana, se você quiser”, acrescentou. “As equipes de ponta fazem isso, claro, com caixas de peças chegando todos os dias, numa guerra de desenvolvimento interminável com seus chassis, mas você ainda não pode tocar no motor”.

“É um disparate. Se você for autorizado a desenvolver tudo nos motores como faz com os chassis, estou certo de que a Renault, Honda e Ferrari estariam melhores – talvez não tão boas como a Mercedes, mas certamente muito mais perto”.

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