F1 aposta nos carros de 2026 para resolver spray na chuva

quarta-feira, 30 de julho de 2025 às 9:27

GP da Bélgica

A Fórmula 1 acredita que os carros da temporada 2026 trarão, enfim, uma solução concreta para o spray d’água que tem prejudicado as corridas em pista molhada.

A situação ficou especialmente evidente no último GP da Bélgica, marcado por longos atrasos e críticas contundentes.

Para isso, o novo regulamento técnico promete mudanças radicais. Por exemplo, os difusores serão bem menores e o efeito solo consideravelmente reduzido.

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Segundo a FIA, essas alterações devem cortar drasticamente a formação das densas nuvens de spray que, hoje, tornam a visibilidade quase nula. Além disso, pneus mais estreitos devem colaborar com o efeito desejado.

Difusores e assoalho: os grandes vilões

De acordo com Peter Bayer, CEO da Racing Bulls, o problema está bem identificado.

“O principal responsável é o assoalho e o difusor traseiro gigante”, explicou. “É isso que faz com que a água seja literalmente lançada para trás com força”.

A FIA, por sua vez, tentou encontrar soluções mais imediatas. Em 2023 e 2024, por exemplo, promoveu testes com para-lamas e coberturas de roda em condições reais de pista molhada. No entanto, os resultados decepcionaram.

“Com ou sem os para-lamas, a diferença foi mínima”, concluiu a revista Auto Motor und Sport após as sessões realizadas com a Ferrari em Fiorano e com a Mercedes em Silverstone.

FIA sob pressão após caos em Spa

Enquanto os carros de 2026 não entram em cena, a pressão sobre a FIA só aumenta. O atraso no GP da Bélgica gerou indignação. Entre os críticos mais duros está o ex-piloto Christijan Albers.

“Estão simplesmente prejudicando as equipes”, declarou ele ao jornal De Telegraaf, referindo-se à Red Bull, que optou por um acerto voltado para pista molhada diante da previsão de tempestade.

Albers destacou ainda que pilotos como Charles Leclerc se beneficiaram com a estratégia passiva da FIA.

“Na minha visão, isso foi totalmente injusto”, completou. “A FIA precisa se concentrar nessas situações porque o que vimos foi um erro grosseiro e indefensável”.

Red Bull critica; Ferrari defende

A insatisfação não veio apenas de ex-pilotos. O novo chefe da Red Bull, Laurent Mekies, também não poupou críticas.

“Primeiro, esperamos a chuva parar. Depois, ficamos esperando o sol aparecer. E mesmo assim, ainda rodamos várias voltas atrás do safety car”, lamentou.

Apesar disso, outros nomes do paddock preferiram adotar uma postura mais compreensiva. O jornalista Michael Schmidt, por exemplo, alertou para os riscos envolvidos.

“Se algo acontece, a direção de prova seria alvo de todas as críticas”, analisou.

Na mesma linha, o chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, apoiou a decisão da FIA.

“Não podemos apontar o dedo para eles porque seríamos os primeiros a atacá-los se tivesse ocorrido um acidente”, afirmou.

 

LS - www.autoracing.com.br

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