F1 – Após treinos iniciais, Pirelli faz previsões para GP da Hungria

Assim como nas duas etapas anteriores, choveu também no treino livre para o Grande Prêmio da Hungria, na tarde desta sexta-feira, no qual serão utilizados os pneus PZero Branco (médio) e o PZero Amarelo (macio). Sem compostos experimentais trazidos pela Pirelli a Hungaroring, as equipes receberam os 11 jogos habituais de pneus slick: seis duros e cinco macios. Como a sessão da tarde aconteceu sob chuva, as equipes foram autorizadas a usar um jogo extra de pneus intermediários, que deve ser devolvido antes da última sessão de treinos livres de amanhã.

Com temperatura ambiente de 29º no início do treino livre e 45º de temperatura da pista, os pilotos aproveitaram para avaliar os níveis de performance e degradação de ambos os compostos, usando diferentes cargas de combustível. Estas informações são vitais quando se trata de formulação de estratégias de corrida, o que é ainda mais importante na pista estreita da Hungria, onde as ultrapassagens são mais difíceis. Como o circuito é pouco usado durante o ano e o asfalto no setor final é novo, a superfície evoluiu bem ao longo do dia, a medida que ficava mais emborrachada. Mas as nuvens e a chuva intermitente afetaram a temperatura da pista, que caiu no final da segunda sessão.

Com o pneu macio, antes da chuva, o piloto da McLaren Lewis Hamilton estabeleceu o melhor tempo do fim de semana: 1min21s995. Hamilton foi o mais rápido também com os pneus médios PZero Branco, com um tempo de 1min22s821, sendo o  único a completar 30 voltas na parte da manhã.

Todos os pilotos começaram o segundo treino livre com pneus médios, antes de trocar para o macio. Quando a chuva chegou, Jean-Eric Vergne da Toro Rosso foi o primeiro a usar o Cinturato Azul (para chuva forte), enquanto o piloto da Mercedes Michael Schumacher apostava no Cinturato Verde (intermediário) – e saiu da pista numa poça de água. Quando a chuva diminuiu, todos os pilotos  concluíram a uma hora e meia de sessão com pneus intermediários.

“No traçado singular de Hungaroring, a precisão na condução é a chave para percorrer a sequência de curvas, mas principalmente, a aderência dos pneus dianteiros será crucial. As equipes podem focar nesses dois pontos para fazer o acerto dos carros, mas isso pode ter um efeito negativo sobre o desgaste dos pneus”, diz o diretor de automobilismo da Pirelli Paul Hembery.

“Mais uma vez vimos um pouco de chuva durante a sessão, mas com 50% de chance de mais precipitação no domingo, esta foi uma oportunidade valiosa de aprender não só sobre o carro nestas condições, mas também sobre o circuito, pois vimos em que partes da pista se acumula mais água. Esperamos uma diferença de cerca de 0,8s por volta entre o pneu macio e o médio em condições secas, mas com tantas variáveis, parece se configura outra corrida imprevisível, pois o treino de classificação deve acontecer com pista seca amanhã “, concluiu Hembery.

NÚMEROS DOS TREINOS

Número total de jogos utilizados:

-P Zero Branco / Pneus médios: 48 jogos
-P Zero Amarelo / Pneus macios: 21 jogos
-Cinturato Verde / Pneus intermediários: 22
-Cinturato Azul / Pneus de chuva forte: 6

Maior número de voltas por composto:

-P Zero Branco / Pneus médios: 30
-P Zero Amarelo / Pneus macios: 11
– Cinturato Verde / Pneus intermediários: 13
– Cinturato Azul / Pneus de chuva: 5

Maiores voltas por compostos:

-P Zero Branco / Pneus médios: 14 (Hamilton)
-P Zero Amarelo / Pneus macios: 11 (Senna)
– Cinturato Verde / Pneus intermediários: 13 (Petrov)
– Cinturato Azul / Pneus de chuva: 5 (Kobayashi)

Pirelli fatos do dia:

O GP da Hungria do ano passado, realizado em piso molhado e seco, produziu o maior número de pit stops visto toda a temporada: 88 no total (três dos quais foram o resultado de punições drive-through).

EB – www.autoracing.com.br