F1 – Análise: Novos pneus podem favorecer Ferrari e Lotus

segunda-feira, 22 de julho de 2013 às 9:55

Lotus e Ferrari

As chances de Kimi Raikkonen e Fernando Alonso no campeonato mundial podem aumentar com a mudança para a nova borracha de baixa degradação da Pirelli.

Após o teste da semana passada em Silverstone, análises iniciais sugerem que os novos pneus não têm uma performance dramaticamente diferente da borracha deste ano, mas se desgastam menos.

À primeira vista, uma mudança para pneus mais consistentes poderia ser vista como ruim para equipes como Lotus e Ferrari, mas alguns engenheiros acham que a alteração pode ajudar as competidoras que cuidam bem dos pneus por causa do impacto que isso terá na estratégia.

O elemento chave na luta por vitórias pode estar em como os pneus de menor degradação afetam a escolha preferida da borracha para a corrida. Frequentemente nesta temporada, devido ao alto nível de degradação com a construção de 2013, o melhor pneu para a corrida tem sido o “primário” mais duro.

Isso limitou a vantagem das equipes que conseguem cuidar bem dos pneus, principalmente porque competidoras como Lotus e Ferrari vêm enfrentando dificuldades para extrair a melhor performance dos pneus mais duros.

Se a mudança para a degradação menor testada em Silverstone for confirmada, o “opcional” mais macio pode se tornar uma escolha viável para as equipes que conseguem cuidar melhor da borracha. Na Hungria, por exemplo, isso pode fazer uma diferença dramática, porque a diferença de desempenho entre os dois compostos pode chegar a um segundo por volta.

As chances de uma alteração estratégica provocada pelos novos pneus também aumentaram por causa da redução do limite de velocidade no pitlane para 80km/h a partir do GP da Hungria. Apesar de a mudança não parecer dramática, ela pode ter um grande impacto na estratégia de corrida, principalmente nos GPs onde anteriormente houve situações limite entre um diferente número de paradas.

Na Hungria, onde houve opiniões divididas entre as equipes no ano passado sobre a adoção de uma estratégia de duas ou três paradas, o tempo total passando pelo pitlane (excluindo as paradas) vai aumentar de 12.3s para 16.4s. Portanto, cada pit-stop custará 4.1s extras – o que pode ser suficiente para forçar as equipes a realizar menos paradas e fazer com que cuidar dos pneus seja ainda mais essencial.

O que ficou claro depois do teste de Silverstone é que, apesar da política que dominou a categoria anteriormente neste ano – quando Force India, Lotus e Ferrari se opuseram a uma mudança na especificação dos pneus – não haverá alterações dramáticas na ordem competitiva.

Xevi Pujolar, engenheiro de corrida da Williams, acha que os pneus se comportam de modo bastante similar em volta única, e que as diferenças só irão aparecer nas corridas.

“O aquecimento é um pouco diferente do pneu de 2013, assim como a performance em trechos longos, portanto creio que pode mudar um pouco as corridas”, disse ele. “Espero que as coisas sejam ligeiramente diferentes, mas não será uma revolução”.

Contudo, uma revolução pode não ser necessária para dar vida nova à batalha pelo título mundial, com as coisas tão apertadas nas primeiras colocações da tabela de pontuação.

 

LS - www.autoracing.com.br

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