F1 – Análise da sexta-feira do GP da Áustria 1 de 2020

sexta-feira, 3 de julho de 2020 às 19:38

Mercedes e McLaren – GP da Áustria 1 de 2020

Os pilotos da Mercedes, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, dominaram essa sexta-feira desde o início, assegurando uma dobradinha nas duas sessões de treinos livres.

Então isso é um sinal do que está por vir neste fim de semana? Vamos ver os dados…

Ritmo de uma volta
A tabela de tempos do TL2, onde as equipes fizeram sua primeira volta voadora genuína de pneus macios com pouco combustível, tem uma leitura sombria para quem não guia uma Mercedes.

Hamilton, parecendo estar super em forma, marcou um tempo 0,641s mais rápido do que qualquer outro carro do grid.

Sergio Perez, guiando uma Racing Point que foi apelidado de ‘Mercedes rosa’ por causa de sua semelhança com o W10 do ano passado, foi o desafiante mais próximo – mas quando analisamos os números, eles contam uma história diferente.

Na verdade, foi a Ferrari, que entrou neste fim de semana com baixas expectativas, que foi a segunda mais rápida em uma volta, quando corrigimos os tempos da volta baseado em combustível. No entanto, enquanto Sebastian Vettel descreveu o dia como “decente”, os Vermelhos podem estar mais para lutar atrás da Mercedes do que contra ela.

Ainda não se sabe se eles competirão contra a Racing Point, que pretende confirmar sua grande atuação na pré-temporada quando isso importar. Mas os carros cor-de-rosa certamente cumpriram sua promessa desde Barcelona nessa sexta-feira.

Lance Stroll a descreveu como a melhor sexta-feira que já teve com a equipe, o canadense está muito feliz com a sensação e o equilíbrio do carro, enquanto Sergio Perez estava focado em atacar as grandes equipes, em vez de correr no segundo pelotão!

A Renault e a McLaren foram as próximas e ficaram parelhas com a Red Bull por toda a volta. Para a Renault, que testou no Red Bull Ring no mês passado, eles estão “positivos” sobre suas chances, principalmente na classificação.

A McLaren também ficou animada com o ritmo em relação à Renault, mas Carlos Sainz e Lando Norris fizeram referência à velocidade impressionante da Racing Point e acham que a equipe baseada em Silverstone pode estar fora do alcance deles neste fim de semana.

A Red Bull foi talvez a surpresa nessa métrica, até Max Verstappen dizer que quebrou a asa dianteira em sua volta voadora e, quando voltou à pista, eles foram com uma asa diferente e ele disse que guiou “agressivo demais” depois disso.

A sensação é de que há muito mais por vir de uma equipe que atualizou fortemente seu carro para este fim de semana, além da atualização de potência e confiabilidade da Honda.

A Williams ficou surpreendentemente em P7 nesta métrica – o que jamais aconteceu nos últimos anos. Infelizmente, é improvável que esse seja o caso no sábado, embora George Russell calcule que eles deram um passo à frente, sair do Q1 pode ser pedir demais agora – mas o positivo é que eles parecem estar indo na direção certa.

Ritmo de corrida
Você pode não se surpreender ao ver a Mercedes no topo dessa métrica, mas pode se surpreender com a grande diferença para o resto. É aqui que o sistema DAS dos alemães faz mais diferença de acordo com o que o editor-chefe do Autoracing, Adauto Silva, tem ditoisso no Podcast Loucos por Automobilismo

A Racing Point foi simplesmente a segunda melhor nessa sexta-feira, o que deve estar deixando Touros e Vermelhos de cabelo em pé. Eles foram apenas 0,4s mais lentos em média nos stints longos, uma fração à frente da Red Bull.

Foi aqui que a Red Bull conseguiu recuperar o terreno, embora eles ainda tenham sofrido com Verstappen prejudicando um conjunto de pneus quando saiu da pista, o que o deixou incapaz de reunir dados representativos de stint longo naqueles tempos de volta.

A Ferrari foi P4, com os dados elaborados com base nas cargas calculadas de combustível, com Charles Leclerc admitindo que a equipe deve “trabalhar bastante para recuperar o desempenho geral”.

Ele deu a entender que eles parecem perder velocidade nas curvas. Mas de acordo com os dados, a Ferrari parece perder mais tempo em retas, principalmente na metade final delas. Por outro lado, os Vermelhos ficaram a uma fração da Mercedes em curvas de baixa velocidade, uma área que eles definitivamente melhoraram em relação ao ano passado.

Em curvas de alta, eles ficaram apenas a 0,06s da Mercedes, mas em potência de reta, curiosamente, eles ficaram próximos da McLaren, AlphaTauri e Williams e bem atrás da Racing Point e Renault.

A Alfa Romeo teve um bom desempenho em stints longos, apesar de Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi não parecerem tão felizes com o carro, mas talvez eles possam brigar com a AlphaTauri na corrida.

A conclusão é que a Mercedes parece forte para iniciar sua defesa de título este ano, tão forte que foi na sexta-feira. Mas não vamos esquecer que, no ano passado havia uma Ferrari e uma Mercedes na primeira fila, mas foi Verstappen largando em P3 – e caindo para P8 no início – quem venceu a corrida – então apesar de a Mercedes parecer favorita, é cedo para cravar uma vitória, ainda mais com alguns problemas de confiabilidade da UP nova, que vai ter que ser provar no domingo.

Depois, há o clima a considerar, com as temperaturas devendo aumentar elevando o calor da pista para condições que as equipes não tiveram hoje, já que estava úmido no início (TL1) e um pouco frio no seco no TL2.

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AS - www.autoracing.com.br

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