F1 analisa mudanças para melhorar o espetáculo de Mônaco

Largada em 2023

Figuras de destaque na Fórmula 1 estão considerando ajustes no renomado Grande Prêmio de Mônaco em meio a negociações contratuais importantes.

Na semana passada, a Bloomberg informou que a proprietária comercial da F1, Liberty Media, está defendendo pagamentos mais elevados por parte dos organizadores da corrida para um acordo renovado após 2025.

O ex-piloto de F1 Alex Wurz expressou que eliminar a corrida seria o mesmo que a F1 “cortar suas raízes”, embora o Principado possa perder mais do que o próprio esporte. “Isso não mudaria nada na fama e nas finanças da Fórmula 1”, compartilhou o austríaco com a ORF. “Mas para mim ainda seria uma pena”.

A questão vai além das finanças. Com o aumento da velocidade, tamanho e peso dos carros, o circuito tornou-se um tanto antiquado, sendo quase impossível ultrapassar.

“Para ter uma corrida realmente divertida aqui, devemos pelo menos ver se podemos abrir algumas áreas para criar pelo menos uma oportunidade de ultrapassagem”, propôs Christian Horner, chefe da equipe Red Bull. “Para proteger os próximos 70 anos aqui, acho óbvio que é necessária alguma evolução”.

Lewis Hamilton, heptacampeão mundial, sugeriu que “pneus especiais” poderiam adicionar emoção às estratégias de corrida, ou talvez um formato de prova único pudesse ser introduzido especificamente para Mônaco.

Fernando Alonso, que lutou com o notório tráfego de Mônaco, resultando em uma saída antecipada do Q1, concordou com Toto Wolff, da Mercedes, que dividir a classificação em duas sessões poderia ser uma “ótima” solução para seguir em frente.

Wolff comentou no sábado: “Acho que esta pista tem seus limites e nós os superamos”.

Enquanto isso, Alonso estava pessimista quanto às suas chances para a corrida, estimando praticamente nenhuma possibilidade de somar pontos. “Não há plano”, destacou o piloto da Aston Martin. “Largue em 16º, faça 72 voltas, tente não danificar o carro e chegue com o carro mais ou menos inteiro para o Canadá”.