F1 – Ameaça de guerra nuclear coloca em dúvida o GP da Coreia

GP da Coreia de 2012

Uma nuvem de incerteza cobriu a realização do GP da Coreia, marcado para outubro. A tensão entre a Coreia do Sul, sede da 14ª etapa do campeonato de 2013, e a Coreia do Norte vem aumentando a níveis alarmantes nas últimas horas.

Um porta-voz do regime declarou à mídia norte-coreana: “A situação na península coreana está se aproximando de uma guerra termonuclear devido às atitudes cada vez mais indisfarçáveis dos Estados Unidos e das marionetes belicistas da Coreia do Sul”.

E um boletim na televisão norte-coreana, controlada pelo estado, noticiou uma “guerra total, sem piedade, sagrada e retaliatória. (A Coreia do Norte) não quer ver estrangeiros na Coreia do Sul sendo vítimas da guerra”, continuou o boletim, avisando que “todos os estrangeiros, incluindo turistas, devem agir buscando abrigo e evacuação”.

No entanto, analistas de relações internacionais insistem que a ameaça de guerra na verdade é baixa, enquanto a embaixada dos Estados Unidos afirmou que, “apesar da tensão política atual”, não há “informações específicas que sugerem ameaças iminentes”.

Além disso, não há relatos sugerindo que o enorme exército da Coreia do Norte foi convocado para uma guerra. “A embaixada (dos Estados Unidos) não mudou sua postura de segurança e não recomendeu aos cidadãos norte-americanos que residem ou planejam visitar a república da Coreia tomem precauções especiais de segurança neste momento”.

Contudo, os últimos relatos dizem que satélites espiões identificaram dois mísseis nucleares norte-coreanos prontos para o lançamento, e que os Estados Unidos estão empregando um sistema de defesa de mísseis para Guam. O Japão também está em alerta, com interceptadores de mísseis colocados em locais chave ao redor de Tóquio.

A fronteira com a China foi fechada e os turistas estão sendo recusados, com um oficial da fronteira confirmando que “o governo norte-coreano agora está pedindo para que os estrangeiros saiam”. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, avisou que a situação poderá se tornar “incontrolável” se não for corretamente gerenciada.