F1 – Alonso terá temporada difícil na McLaren, prevê Trulli

Fernando Alonso

Jarno Trulli, ex-companheiro de equipe de Fernando Alonso na Renault, duvida que a mudança do espanhol para a McLaren resultará em sucesso instantâneo. Contudo, ele acha que o fim de parceria de cinco anos com a Ferrari era inevitável.

“Acredito que, após cinco anos de casamento com a Ferrari que não resultaram em um campeonato mundial, que é o que Fernando esperava, é normal que chegue ao fim”, disse o italiano. “Para ambos os lados, tanto para Fernando quanto para a Ferrari, que querem vencer corridas e campeonatos”.

“Foi o fim natural de um relacionamento. Mas agora, Fernando está na McLaren, e infelizmente não parece uma opção melhor para ele do que a Ferrari. No momento, a Mercedes é o único lugar melhor para se estar”, acrescentou Trulli, falando à agência de notícias espanhola EFE.

“Há muito poucas opções, porque a qualidade da Fórmula 1 sofreu um declínio dramático de performance. Só existem algumas equipes que podem bancar o desenvolvimento de motores e carros, já que os orçamentos são enormes e a situação econômica não está ajudando”.

“Isso o deixa com poucas opções, e Fernando está nessa situação agora. É complicado e difícil de aceitar, até mesmo para ele, porque obviamente quer lutar por vitórias. Porém, creio que será outra temporada dura com a McLaren. Não desejo isso para ele, mas as coisas não parecem boas”.

Trulli admitiu que a situação política para a Honda, nova parceira de fábrica da McLaren que foi excluída do controverso “descongelamento” dos motores, é outro problema. “Por enquanto, acredito que a única coisa boa é que Fernando será bem pago. Mas no lado técnico, não vejo a McLaren sendo capaz de acompanhar as duas ou três melhores equipes”.

Entretanto, Trulli explicou que um aspecto positivo para Alonso é que ele provavelmente não se arrependerá demais de sua decisão de deixar a Ferrari. “Tem sido momentos difíceis para eles (Ferrari), trocando pessoas, tomando decisões erradas. Eles não aproveitaram as mudanças de regras e ficaram para trás nos aspectos técnico e – até recentemente – político”.

“Agora, pelo menos eles tiveram um sucesso político com a abertura do congelamento dos motores, mas o principal problema é que precisam reverter completamente o lado técnico. Você não faz isso em um dia. Nem sequer em um ano – demora bastante tempo”.

Portanto, Trulli acha que a Mercedes vai dominar novamente em 2015. “A vantagem deles é enorme e os outros ainda não irão alcançá-los, porque acredito que eles ainda tinham cartas na manga no ano passado”.