F1 – Alonso critica falta de testes de inverno em 2021

quinta-feira, 24 de setembro de 2020 às 9:38

Fernando Alonso

Fernando Alonso criticou a quantidade cada vez menor de testes na Fórmula 1.

No início da carreira do espanhol, as equipes andavam milhares de quilômetros por temporada em testes, incluindo entre as corridas.

Porém, visando cortar custos, os testes agora são quase completamente proibidos durante a temporada e até mesmo a pré-temporada vai diminuir de seis dias em 2020 para apenas três em 2021.

“Sim, a F1 é uma contradição”, declarou Alonso, que retornará à categoria no próximo ano após dois anos sabáticos, ao jornal AS. “É o esporte mais sofisticado do mundo, com milhões e milhões em investimentos, mas o único no qual o atleta é proibido de treinar”.

“No próximo ano, haverá um dia e meio de teste por piloto no total com os carros novos, e depois o campeonato mundial começa. Seria inimaginável alguém ir para os Jogos Olímpicos após um dia e meio de treino no lançamento de dardo – mas assim são as coisas. Temos de buscar métodos alternativos como o simulador e outros investimentos da equipe para substituir os testes”.

Alonso disse que sempre esteve aberto a retornar à F1 em 2021, quando o novo regulamento deveria estrear. As regras foram adiadas até 2022, mas Alonso não queria passar “tanto tempo” afastado da categoria antes de voltar.

“E para ser totalmente honesto, as outras categorias não me deram a mesma segurança da F1 com a pandemia”, explicou ele. “O WEC está um pouco enfraquecido por patrocinadores, corridas canceladas – e outras categorias sofrerão ainda mais. Como sempre, aquelas com menos recursos são as que mais sofrem”.

Finalmente, Alonso foi questionado se está retornando à F1 com a esperança de conquistar um terceiro título mundial e respondeu: “Eu gostaria de dizer sim, mas estou ciente das limitações, principalmente em 2021”.

“Até 2022 é uma certa loteria – Renault, Red Bull, Ferrari, Aston Martin, todos pensam que será o ano no qual tudo mudará e vai revolucionar a F1. Eu espero que seja o caso, mas ninguém sabe com certeza o que vai acontecer, portanto não quero estabelecer nenhuma meta em meu retorno”.

“Estou voltando porque adoro pilotar e é uma categoria que saiu mais ou menos ilesa da pandemia, apesar de suas limitações, com uma marca bastante forte. Estou retornando para uma equipe empolgante que é como minha família, então volto feliz, preparado e com as baterias recarregadas para pilotar os carros mais sofisticados do mundo a cada duas semanas”.

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