F1 ainda discute o regresso do reabastecimento

F1 sendo reabastecido

A F1 ainda está discutindo o potencial retorno do reabastecimento em 2020. Na terça-feira desta semana, os principais acionistas do esporte se reuniram mais uma vez em Genebra, e um dos pontos da agenda foi o plano de Jean Todt para trazer de volta o reabastecimento.

“Sim, mas não concordamos com nada”, revelou o chefe da equipe Haas, Gunther Steiner. “Para entender se faz sentido voltar atrás, precisamos fazer muito trabalho”.

O principal argumento contra o reabastecimento é o custo, com um informante dizendo à revista alemã Auto Motor und Sport que só o equipamento custaria 1 milhão de euros a cada equipe. Então, o custo do equipamento e do frete será de cerca de 330 mil euros por ano.

Outro argumento é que o reabastecimento não tornará a F1 mais emocionante. Na verdade, disse um chefe de equipe: “Basta voltar atrás e olhar para as corridas antes de 2010. Especialmente as corridas no início dos anos 2000”.

Os pilotos, no entanto, são em geral a favor do reabastecimento. “Eu nunca o teria proibido”, afirmou Robert Kubica.

“É melhor para nós, pilotos. Os carros são mais leves, é mais fácil com os pneus e os tempos de paradas serão novamente variáveis. Isso é bom para as corridas. A meu ver, reabastecer iria apimentar as corridas”, acrescentou.

Finalmente, há a questão do perigo do reabastecimento, com o mundo e a F1 mudando desde 2009. Por exemplo, existem agora regras de segurança muito mais rígidas sobre não só o trabalho nos pitlanes e garagens, mas também a construção dos motorhomes.

“Talvez tenhamos que deixar os carros arrefecer durante meia hora antes que os mecânicos possam reabastecê-los”, brincou um membro de equipe.