F1 na África: Ben Sulayem reforça importância da estabilidade
quinta-feira, 17 de julho de 2025 às 9:07
Circuito de Kyalami
A possibilidade da Fórmula 1 desembarcar na África levanta debates importantes sobre estabilidade.
Para o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, esse fator é fundamental. Em entrevista ao site holandês Formule 1, ele lembrou sua preferência pelo continente, mais do que por um país específico.
“Não é só para Ruanda – é para a África”, afirmou ele com convicção. Ben Sulayem acredita que a categoria precisa de mais equipes e etapas; no entanto, os pilotos frequentemente pedem uma pausa nas corridas. Por outro lado, “a África sempre foi meio esquecida no calendário”, destacou.

Ruanda: avanços e desafios
No ano passado, a FIA fez história ao realizar sua Assembleia Geral em Ruanda pela primeira vez. Apesar desse avanço, o país enfrenta questionamentos sobre estabilidade política e direitos humanos. O dirigente não ignorou essas questões, mostrando-se consciente da complexidade do tema.
“Quando falamos do Oriente Médio, temos quatro GPs, e sempre surge o debate sobre direitos humanos e lavagem esportiva”, disse ele. Contudo, “estivemos no GP da Inglaterra, patrocinado pela Qatar Airways, e isso não faz sentido”.
Por isso, ele reiterou que qualquer escolha africana seguirá critérios rigorosos, principalmente financeiros e de estabilidade política.
África do Sul surge como forte candidata
Enquanto Ruanda encara desafios, a África do Sul e o circuito de Kyalami aparecem em melhor posição. A FIA promete conceder status de Grau 1 – obrigatório para receber a F1 – após as reformas necessárias.
Além disso, o ministro do esporte sul-africano, Gayton McKenzie, revelou que uma reunião com a F1 acontecerá em duas semanas, com investidores privados envolvidos.
“Quem diz que o país não pode bancar a F1, eu digo que a África do Sul não pode deixar de ter a F1”, declarou McKenzie com firmeza. Ele também ressaltou que muitos organizadores lutam para permanecer no calendário.
Portanto, “não se pode chamar de campeonato mundial sem uma corrida no continente africano”, concluiu.
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