F1 – A situação da Ferrari no Canadá

segunda-feira, 2 de junho de 2014 às 19:05
Marco Mattiacci e Montezemolo

Marco Mattiacci e Montezemolo

Por: Corredor X

A Ferrari teve um enorme sucesso no circuito Gilles Villeneuve ao longo dos anos. Lá eles venceram 10 de 34 corridas realizadas até hoje. A primeira com o próprio lendário canadense Gilles Villeneuve, depois com Rene Arnoux em 1983, Michele Alboreto em 1985 e depois seis vezes com Michael Schumacher.

Entretanto, há nove anos que a Ferrari não vence no circuito Gilles Villeneuve, e salvo alguma intervenção de proporções apocalípticas, domingo que vem completarão 10 longos anos.

Depois de um início ruim de temporada, foi muito estranho a equipe de Maranello não ter levado muitas atualizações para o GP da Espanha, além de uma asa traseira modificada. A equipe afirmou que de fato estava preparando uma atualização maior, que seria evidente depois de Mônaco para o GP do Canadá.

O diretor técnico James Allison explicou aos fãs da Ferrari: “Em Mônaco continuamos analisando as áreas em que o F14 T pode ser melhorado e agora estamos olhando para a próxima corrida no Canadá, onde o pacote que vamos usar é um grande passo em relação ao carro que correu na semana passada.”

Seria de esperar que este seja o caso, porque o circo da F1 pula do mais lento circuito no calendário para um dos mais rápidos em Montreal, o que requer um pacote aerodinâmico completamente diferente.

No entanto, Allison revela que não sabe o quanto a Ferrari vai melhorar frente à concorrência: “Enquanto o nosso programa de desenvolvimento progrediu bem nas últimas semanas, é difícil prever exatamente o que isso vai significar para a competitividade do F14- T, já que não sabemos o quanto a concorrência vai evoluir em Montreal. Assim, qualquer melhoria tem que ser vista em termos relativos, na esperança de que a pista vai entregar uma resposta digna de todos os esforços que fizemos até agora.”

Se a Ferrari realmente vai levar modificações profundas, ou apenas o pacote de baixa pressão aerodinâmica meio modificado como de costume para este evento, não está claro a partir dos comentários de Allison.

Allison também revela que a reestruturação dentro Ferrari está caminhando bem, embora não mencione ou dê qualquer crédito por isso a Marco Mattiacci: “Criatividade e originalidade são partes realmente importantes de ser competitivo”, disse ele. “Contudo, não há nada mágico. Se você quer criatividade em seu carro, precisa planejar e dar espaço para que o pessoal exerça sua criatividade”(?).

No entanto, não é esse o ponto? Mattiacci – o mestre em organizar homens e corporações automotivas, supostamente não deveria encontrar a chave perdida para desbloquear o potencial latente da Ferrari?

Ele é o único que foi apresentado ao “pessoal de liderança” pelo Poderoso Chefão em pessoa, e é Mattiacci quem deve liderar os homens de vermelho para fora do deserto.

Ou será que no Canadá ouviremos mais declarações do tipo “Marco ainda está aprendendo sobre F1”?

Parece que cada vez mais a Ferrari está tateando no meio da escuridão, sem nenhuma luz no fim do túnel. Um resultado ruim no Canadá – entenda-se de quinto para baixo – deve aprofundar e tornar a crise atual numa das piores da história de Maranello.

AS - www.autoracing.com.br

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