Tombazis diz que não haverá domínio de algum motor em 2026 na F1

quarta-feira, 13 de agosto de 2025 às 16:36

Motor F1 2026

Equipes já focam no regulamento de 2026

As equipes de Fórmula 1 estão direcionando todos os recursos para o desenvolvimento dos carros que estrearão em 2026. Além disso, o motor da F1 2026 terá um design completamente novo e forte ênfase na energia elétrica. Por isso, essa mudança tende a alterar radicalmente a hierarquia da categoria.

No momento, nenhuma fabricante ou equipe sabe ao certo onde estará nesse novo cenário. No entanto, rumores apontam vantagens para alguns nomes. Por exemplo, a Mercedes é considerada favorita a ter o motor mais rápido. Enquanto isso, a Red Bull, que desenvolve sua UP junto com a Ford, desperta preocupações. Já a Ferrari, por sua vez, estaria atrás da Audi em desempenho.

O histórico da Mercedes e o temor de repetição

A Mercedes tem um retrospecto impressionante em mudanças de regulamento de motores. De fato, quando a era turbo híbrida começou em 2014, a equipe dominou amplamente, vencendo sete campeonatos de pilotos e oito de construtores consecutivos.

Em 2014, a equipe venceu todas as corridas, exceto três. Assim, Lewis Hamilton conquistou seu segundo título mundial. Agora, com George Russell e o novato Kimi Antonelli, há quem preveja um retorno da equipe à liderança na era dos F1 2026 motores.

Max Verstappen, porém, demonstra ceticismo. Segundo ele, a incerteza sobre o desempenho das baterias torna difícil apostar em um domínio tão claro.

Tombazis descarta cenário semelhante a 2014

Nikolas Tombazis, chefe da FIA, não acredita que 2026 verá uma fabricante dominar como a Mercedes fez em 2014. Em entrevista à Auto Motor und Sport, ele destacou que as novas regras dos F1 2026 motores seguem um caminho oposto ao daquela época.

“Não acredito que veremos outra fabricante dominar como em 2014. Naquela época, o sistema de propulsão era muito mais complexo. Agora, estamos simplificando a tecnologia.”

Ele explicou que os F1 2026 motores não terão mais o MGU-H e contarão com limites mais rígidos em várias áreas. Além disso, a intenção original era simplificar ainda mais, mas não foi possível.

Risco para estreantes e plano de recuperação

Tombazis reconhece que as fabricantes estreantes correm risco de errar na primeira tentativa. Por isso, mesmo com o teto orçamentário e o tempo limitado de testes, ainda existe a possibilidade de falhas. Diante disso, a FIA preparou um sistema de apoio para quem ficar atrás no desempenho dos F1 2026 motores.

Caso uma fabricante fique para trás, ela receberá benefícios extras. Esses recursos incluem horas adicionais de testes, mais tempo para homologação e maior capacidade de desenvolvimento.

O dirigente revelou que essa medida já estava prevista no regulamento. Assim, a cada seis corridas, a FIA medirá o desempenho médio das fabricantes. Para aqueles que ficarem abaixo de um certo nível, haverá direito a ajuda proporcional à diferença em relação à concorrência.

Pilotos criticam novos carros

Apesar do otimismo da FIA, vários pilotos testaram os modelos de 2026 no simulador e foram críticos. Entre eles, Lewis Hamilton e Max Verstappen estão entre os que acreditam que os motores da F1 2026 resultarão em carros significativamente mais lentos que os atuais.

Tombazis se disse surpreso com essa reação e com a importância dada ao assunto. Ainda assim, ele reiterou que o sistema de “oportunidades adicionais de desenvolvimento para déficits de desempenho” garantirá que nenhuma fabricante permaneça muito atrás.

AS - www.autoracing.com.br

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