F-Renault 3.5 – Negrão identifica causa de mau rendimento em Mônaco

André Negrão

A minuciosa revisão conduzida pelos técnicos da equipe Draco confirmou a causa do decepcionante 21º lugar de André Negrão na sessão única de treinos livres que abriu nesta quinta-feira a programação da 5ª etapa da Fórmula Renault 3.5 no circuito de Mônaco. O piloto campineiro reclamou que, depois de um início animador em que chegou a ocupar o 3º lugar na folha de tempos da divisão de elite da World Series by Renault, o carro começou a bater com a traseira no chão. A verificação constatou que o problema estava localizado num suporte da suspensão, mas a rápida identificação do problema permitiu a sua solução e deve recolocar o piloto em condições de brigar por uma vaga nas primeiras filas da corrida deste domingo durante a tomada classificatória de sábado.

A perda de rendimento apanhou a Draco de surpresa. “Os carros da categoria vinham apresentando um nível de torção elevado. Como nossa base é a mais próxima da Dallara, que produz os monopostos da categoria, o carro do Andrezinho foi levado para uma avaliação na fábrica. Foi desmontado e depois esqueceram de fixar corretamente o suporte da suspensão traseira. Ele acabou soltando e até alterando a altura do carro. Na verdade, esse é um item que nem mexemos e sequer faz parte do check list dos mecânicos”, explicou Guto Negrão, diretor-geral da Draco.

O contratempo não diminuiu a expectativa positiva para a formação do grid da única prova em formato de rodada simples do calendário. “Pelo que vimos destes primeiros tempos, considerando algumas parciais e esse problema que enfrentamos hoje, uma colocação normal teria sido o 4º ou 5º lugar. Mas os treinos são muito curtos e, mesmo que naquele momento já soubéssemos do que se tratava, não daria para mexer durante a sessão, já que seria preciso retirar até os amortecedores”, acrescentou Guto.

Mesmo num dia distante de sua média, André ainda foi o melhor dos quatro brasileiros – os demais fecharam a lista dos 26 pilotos que treinaram nas ruas do principado. O mais rápido foi o belga Stoffel Vandoorne, revelação deste início de temporada, mas que perderá cinco posições no grid por decisão da direção de prova. Ele foi punido por condução perigosa, ao desrespeitar a sinalização e colocar em risco dois comissários que retiravam carros parados na pista.

Os tempos em Mônaco:

1 – Stoffel Vandoorne – Fortec – 1m24s711
2 – Antonio F. da Costa – Arden Caterham – 1m24s821
3 – Norman Nato – DAMS – 1m24s973
4 – Carlos Sainz Jr – Zeta Corse – 1m24s975
5 – Mikhail Aleshin – Tech 1 – 1m24s984
6 – Kevin Magnussen – DAMS – 1m25s060
7 – Jazeman Jaafar – Carlin – 1m25s066
8 – Nick Yelloly – Zeta Corse – 1m25s292
9 – Marco Sorensen – Lotus – 1m25s321
10 – Nigel Melker – Tech 1 – 1m25s603
11 – Carlos Huertas – Carlin – 1m25s859
12 – Nico Muller – Draco – 1m26s016
13 – Zoel Amberg – Pons – 1m26s107
14 – Christopher Zanella – ISR – 1m26s255
15 – Arthur Pic – AV Formula – 1m26s260
16 – M.Stockinger – Lotus – 1m26s263
17 – Will Stevens – P1 – 1m26s388
18 – Daniil Move – Comtec – 1m26s391
19 – N.Martsenko – Pons – 1m26s419
20 – Matias Laine – P1 – 1m26s647
21 – André Negrão – Draco – 1m26s700
22 – Oliver Webb – Fortec – 1m26s744
23 – Sergey Sirotkin – ISR – 1m26s970
24 – Yann Cunha – AV Formula – 1m27s192
25 – Lucas Foresti – Comtec – 1m27s875
26 – Pietro Fantin – Arden Caterham – 1m28s292