F-3 Italiana – Henrique Martins minimiza má jornada em Misano

A passagem pelo autódromo de Misano-Ádriático foi uma ducha de água gelada na luta do paulista Henrique Martins pelo título do Italiano de Fórmula 3 European Series. Ao final da rodada tripla do fim de semana em Misano, circuito localizado nas proximidades da pequena Rimini natal do cineasta Federico Fellini, o saldo não poderia ser mais desalentador: o piloto acumulou apenas um 11º, um 7º e um 6º lugares, caiu para a 5ª colocação geral e viu os companheiros de equipe na Prema Powerteam – o norte-americano Eddie Cheever e o francês Brandon Maisano – dispararem na ponta da tabela.

Martins, no entanto, diz que a etapa ficou no passado e que nem de longe reflete o real rendimento do seu carro. “Foi apenas uma coisa isolada, uma etapa em que a sorte não colaborou, mas continuamos rápidos”, garantiu. Sobre a perda de fôlego na corrida pelo campeonato, lembrou que a temporada apenas chegou à sua metade e que ainda há muito terreno pela frente. “São mais quatro rodadas triplas, tem o descarte das três piores provas, enfim, não há nada nem perto de uma definição”, minimizou.

O paulista de 19 anos disse que suas dores de cabeça começaram nos treinos livres da quinta-feira. “Perdemos três das quatro sessões sem entender porque o rendimento do carro era tão ruim e só antes do quarto é que constatamos um problema no motor. Depois, fiquei em quarto nos dois treinos classificatórios, o que é um bom resultado, apesar de ainda não estar totalmente à vontade na pista. Na primeira corrida, levei uma pancada por trás logo na primeira curva, me atrasei e levei ainda outra na última curva na última volta. Depois, na segunda prova, o Riccardo Agostini me jogou na grama, caí para 8º e terminei em 7º. Finalmente, na corridinha curta que encerra a programação, parti em 11º, porque o grid considera a ordem de chegada da bateria inicial, e ainda cheguei em 6º”, lembrou.

Com os resultados, Cheever manteve a liderança com 158 pontos e o Maisano, integrante da Academia da Ferrari e vencedor das duas primeiras corridas, diminuiu a distância ao alcançar os 142. Agostini, da JD, segue em terceiro com 118 e o russo Sergey Sirotkin, da Euronova, se isolou na quarta posição com 95. Martins agora tem 85 e leva muita fé na recuperação no Red Bull Ring (Áustria), palco da próxima escala da categoria nos dias 4 e 5 de agosto. “É uma pista desconhecida por todos e não levarei a desvantagem que tenho nos circuitos italianos”, observou. Equipes e pilotos terão a chance de conhecer o traçado nos ensaios coletivos de terça e quarta-feira que vem.

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