Ex-pilotos salientam segurança da atual F1

Mika Salo

Mika Salo diz que um simples erro de cálculo do piloto causou o acidente horroroso com fogo de Romain Grosjean no Bahrain no domingo passado. O que é unânime no paddock é que o outrora controverso dispositivo Halo salvou a vida de Grosjean.

“Sim, é nossa opinião, pelo menos, que o Halo foi o que salvou a vida de Grosjean”, confirmou o antigo piloto de F1, Mika Salo, que foi comissário no fim de semana passado no Bahrain. “Abriu o guard-rail para que o carro pudesse caber no meio. No meu tempo, não haveria dúvida de que o piloto não poderia ter sobrevivido”.

O campeão mundial de 1997 Jacques Villeneuve também acha que Grosjean pode agradecer ao Halo. “Fez o seu trabalho e ele está seguro por causa dele”, disse ele.

“Mas acho que os pilotos às vezes não estão suficientemente conscientes de como é perigoso correr e é por isso que às vezes se movem como se fosse um jogo de vídeo”, prosseguiu.

Salo disse à emissora finlandesa MTV que acha que Grosjean foi fundamentalmente o culpado do acidente no final de uma sequência de eventos: “Stroll saiu da pista, e quando voltou, todos atrás dele tiveram que diminuir. Kimi moveu-se então e Grosjean viu uma oportunidade quando havia um pequeno buraco à direita. Ele foi em frente e bateu na roda da frente do Kvyat”.

Afirma que Grosjean teve sorte em permanecer consciente assim que o seu carro se incendiou. “É bastante individual a forma como se resiste a tais choques, por isso, graças a Deus Romain tem uma boa tolerância para não perder a consciência. Ele agiu muito depressa. Todos nós olhámos para ele e pensamos que não podia ser verdade que ele tivesse sobrevivido”.

Outro ex-piloto de F1, Olivier Panis, disse que Grosjean também pode agradecer os recentes avanços na roupa ignífuga usada pelos pilotos. “Todos os anos progride”, declarou ele à RTBF, “mas como o incêndio durou 27 segundos, podemos ver quão eficientes são agora”.

Finalmente, Ralf Schumacher disse que os pilotos de Fórmula 1 são únicos na forma como são capazes de se recuperar de grandes acidentes. “Quando vejo hoje em dia uma corrida em Mônaco, com os guard rails estreitos, pergunto-me como o fazia”, comentou ele à Sky alemã. “Admito que hoje não conseguiria fazer”.

“Lembro-me de quando tive o meu acidente e não pude guiar durante três meses – mas não pude esperar. Nunca esquecerei como regressei em Silverstone e estabeleci o tempo mais rápido após seis voltas. Pode ser mais sensato pensar ‘Ok, tive a minha sorte agora, mas pode ser isso'”, concluiu.

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