Ex-pilotos apoiam decisão de Schumacher de retornar

sábado, 15 de janeiro de 2011 às 16:40

m_schumacher.1Michael Schumacher agiu certo voltando para a F1, mesmo não conseguindo os resultados ideais em seu primeiro ano na Mercedes. Essa é a opinião de alguns ex-pilotos de F1, como Martin Brundle, John Surtees e Jody Scheckter, que acreditam que o sucesso do retorno do alemão não deve ser julgado apenas pelos seus resultados, mas pelo fato dele estar competindo de novo após três anos afastado.

“Eu não tenho nenhum problema com a volta dele, afinal ele poderia até se matar andando de Superbike. Eles (Mercedes) estavam dispostos a dar a ele um bom carro. Acho que devemos dar a ele um pouco mais de tempo. Eu o respeito por querer voltar, as pessoas julgam demais sobre isso. O único erro do Michael foi antes do início da temporada, quando ele disse que estava voltando para ganhar campeonatos. Deveria ter dito apenas que faria o seu melhor e ajudaria no que fosse necessário”, opinou Brundle.

“Do ponto de vista dele foi uma boa decisão. Antes ele tentava se ocupar com alguma coisa e não conseguia. Se você não encontra algo para fazer após competir na F1, fica muito difícil. Imagino que ele está mais feliz agora, provavelmente é um grande desafio para ele”, comentou Scheckter.

“Ele fez um trabalho maravilhoso na Ferrari e eu não sei se ele não fará a mesma coisa na Mercedes. Acho que ele voltou em um mundo diferente, antes ele tinha sido capaz de estabelecer relacionamentos íntimos, havia mais testes, enfim. Ele não pôde fazer o que costumava fazer, porque os carros tinham mudado, as regras mudaram, então foi uma nova curva de aprendizado. Mas eu jamais poderia sugerir para ele não voltar, porque só ele pode tomar uma decisão dessas”, declarou Surtees.

Brundle, que foi companheiro de equipe de Schumacher na Benetton em 1992, acredita que a maior dificuldade dele está no fato de ter que encarar uma situação diferente de quando ele estava na Ferrari. “Acho que ele está lutando um pouco por não ter todas cartas a seu favor”, explicou.

“Quando ele estava na Ferrari, tinha as melhores pessoas ao seu redor, e ele tinha todos os tipos de suporte. Ele desenvolveu os pneus Bridgestone e era o rei do castelo. Seu companheiro de equipe estava lá para apoiar os seus esforços e, muitas vezes, era enviado para verificar um conjunto de pneus para que Michael não perdesse tempo fazendo isso. Ele tinha um monte de vantagens, o que é bastante inteligente, eu teria aceitado isso, assim como qualquer grande campeão”, finalizou o ex-piloto inglês.

EB – www.autoracing.com.br

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