Ex-piloto de F1 critica chefes de equipe por voos particulares

Christijan Albers

É a viagem mais longa que as equipes de Fórmula 1 fazem todos os anos: da Inglaterra ou Itália – onde está localizada a maioria das fábricas – até a Austrália. Entretanto, os equipamentos das dez equipes chegaram a Melbourne, onde está agendado o Grande Prêmio da Austrália dentro de uma semana.

Os pilotos e chefes de equipe chegarão ainda esta semana, dispostos em caros jatos particulares. Christijan Albers não entende por que os chefes de equipe não fazem mais voos regulares.

O podcast do jornal De Telegraaf discutiu o fato de Helmut Marko e Christian Horner não terem voltado juntos para a Europa após o último Grande Prêmio da Arábia Saudita.

Normalmente, eles embarcam no mesmo avião particular, que primeiro deixa Marko em Graz, na Áustria, antes de levar Horner para sua base na Inglaterra. Após a corrida em Jeddah, Horner voltou sozinho enquanto Helmut Marko embarcou com Max Verstappen.

Albers – ele próprio um ex-piloto de F1 e chefe de equipe – fala sobre sua confusão ao ver que chefes de equipe como Horner também voam em jatos particulares: “Na minha época, e é claro que já tenho 44 anos, naquela época nós não tínhamos esses limites orçamentários, mas também não tantos voos particulares”.

“Quero dizer: por que os chefes de equipe – com todo o respeito – têm que voar todos em jatos particulares? Sim, desculpe por isso, eu realmente não entendo”, prosseguiu.

O ex-piloto ressalta que existem dois tipos de chefes de equipe. Um grupo inclui empresários muito ricos que financiam os seus voos com dinheiro ganho por eles próprios.

“Mas chefes de equipe que não são donos… Então, por um lado, você está trabalhando no limite orçamentário e, por outro lado, pode arrecadar mais alguns milhões. Para onde isso vai às vezes?”, questiona-se Albers em voz alta.